domingo, 6 de maio de 2012

O Livro dos Jubileus traduzido para o português

Você pode baixar O Livro dos Jubileus traduzido para o português por L. Monk, 2012.
Com base nos textos de 
R.H. Charles, "The Apocrypha and Pseudepigrapha of the Old Testament";
Erich Weidinger, "Die Apokryphen. Verborgene Bücher der Bibel"; 
George Shodde, "The Book of Jubilees Translated from the Ethiopic";
em formato pdf gratuitamente em:

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sexta-feira, 4 de maio de 2012

O Livro dos Jubileus - português - Capítulo 50 - traduzido por L.Monk

[Capítulo 50]  
Leis sobre os Jubileus e os Sábados.

50.1 E após esta Lei eu tornei conhecido a ti os dias dos Sábados no deserto
do Sin[ai], que é entre Elim e Sinai.

50.2 E eu te ensinei a respeito dos Sábados da terra no Monte Sinai, e eu te
contei sobre os dias dos jubileus nos sábados dos anos; mas o dia presente
eu ainda não te contei até o dia em que tu entrastes na terra que tu irá
possuir.

50.3 E a terra também deverá guardar seu sábado enquanto eles habitarem
sobre ela, e eles devem saber o ano do jubileu.

50.4 Pelo que tenho ordenado a ti as semanas de anos e os anos dos
jubileus. Há quarenta e nove jubileus dos dias de Adão até este dia, e uma
semana e dois anos; [2410 A.M.] e haverá ainda quarenta anos por vir [distantes] para aprenderem os mandamentos do Senhor, até que eles entrem
na terra de Canaã, cruzando o (rio) Jordão para o oeste. [2450A.M.]

50.5 E os jubileus passarão, até que Israel seja limpa de toda a culpa de
fornicação, e impureza, e poluição, e pecado, e erro, e habite com confiança
em toda a terra, e não haverá mais um Satanás [qualquer adversário] ou
qualquer maligno [para feri-los], e a terra será limpa daquele tempo para
sempre.

{Esta profecia de Jub 50.5 só se cumprirá completamente com o Reinado
Messiânico de Cristo Jesus.}


Os Sábados

50.6 E eis os mandamentos que dizem respeito aos Sábados - Eu (os) escrevi
para ti - e todos os juízos e as leis.

50.7 Seis dia deves trabalhar, mas no sétimo dia é o Sábado do Senhor teu
Deus. Nele tu não deves fazer nenhum tipo de trabalho, tu e teus filhos, e teus
servos e tuas servas, e todo seu gado e os peregrinos que estiverem contigo
também.

50.8 E o homem que faz qualquer trabalho neste (dia) morrerá [deverá
morrer]. Quem quer que profanar aquele dia, qualquer que dormir com (sua)
esposa, ou quem quer que disser que fará algo nele, que partirá numa viajem
relativa a alguma compra ou venda, e qualquer que tirar água (do poço) que
ele não tenha preparado para si no sexto dia, e quem quer que tomar
qualquer encargo para carregá-lo para fora de sua tenda ou para fora de sua
casa morrerá [deverá morrer].

50.9 Vós não deveis trabalhar em qualquer coisa no dia de Sábado, salvo no
que vós preparastes para vós no sexto dia, assim para comer, e beber, e
descansar, e guardar o Sábado de todo o trabalho naquele dia, e bem dizer
ao Senhor Deus, que o deste um dia de festa e um dia santo. Um dia do santo
reinado para toda Israel é este dia entre os dias deles para sempre.

50.10 Porque grande é a honra que o Senhor deu a Israel de modo que eles
devem comer e beber e se satisfazer neste dia festivo, e descansar nele de
todo o trabalho que pertence ao trabalho dos filhos dos homens, salvo queimar incenso e trazer ofertas e sacrifícios diante do Senhor pelos dias e
pelos Sábados.

50.11 Somente este trabalho deve ser feito nos dias de Sábado no santuário
do Senhor teu Deus; para que eles possam expiar por Israel com sacrifício
continuamente de dia em dia como um memorial agradável diante do Senhor,
e para que Ele os possa receber sempre dia após dia conforme tu fostes
ordenado.

50.12 E todo homem que fizer qualquer trabalho nele, ou sair numa viajem, ou
lavrar (a) fazenda seja em sua casa ou em qualquer outro lugar, e quem quer
que acender um fogo, ou montar em qualquer animal, ou viajar de barco no
mar, e quem quer que atacar ou matar qualquer coisa, ou abater um animal
selvagem ou uma ave, ou quem quer que capturar um animal ou uma ave ou
um peixe, ou quem quer que jejuar ou fizer guerra no Sábado.

50.13 O homem que fizer qualquer dessas coisas no Sábado morrerá [deverá
morrer], para que os filhos de Israel observem [devem observar] os Sábados
conforme os mandamentos que dizem respeito aos Sábados da terra, como
está escrito nas tábuas que Ele [Deus] deu em minhas mãos para que eu
escreva para ti as leis das épocas, e as épocas conforme as divisões dos
seus dias.

Aqui é completada a contagem da divisão dos dias.

O Livro dos Jubileus - português - Capítulo 49 - traduzido por L.Monk 2012

[Capítulo 49]  
A Páscoa.

{Páscoa: 14º dia do 1º mês.}

49.1 Lembre-se do mandamento que o Senhor o mandou sobre a páscoa, que tu deves celebrá-la em sua estação [no seu tempo] no décimo quarto [dia] do
primeiro mês, que tu deves matá-lo antes do anoitecer, e que eles devem
comê-lo à noite no décimo quinto [dia] a partir do momento que o sol de por.

{A contagem do dia Hebraico inicia-se com o por do sol. Então o dia começa
pela sua noite, passam as vigílias da noite vem o nascer do sol, passam as
horas do dia, até terminar quando termina o sol. Portanto na páscoa o animal
deveria ser morto durante à tarde do 14º dia e ao se por o sol inicia-se o 15º e
come-se a noite neste 15º dia, que é o começo do 15º.}

49.2 Porque nesta noite, no começo do festival e no começo da alegria, vós
estavam comendo a páscoa no Egito, quando todos os poderes de Mastema
haviam sido liberados para matar todos os primogênitos da terra do Egito, do
primogênito do Faraó ao primogênito do a serva escrava do moinho, e do
gado.

49.3 E este foi o sinal que o Senhor os deu: Em cada casa na qual eles
vissem sangue de um cordeiro de um ano no lintel da porta, nesta casa eles
não entrariam para matar, mas deveriam passar adiante, que todos estes que
estavam na casa seriam salvos porque o sinal do sangue estava no lintel da
porta.

49.4 E os poderes do Senhor fizeram tudo conforme o Senhor os havia
comandado, e eles passaram adiante de todos os filhos de Israel, e a praga
não sobreveio sobre eles para destruir dentre os deles nenhuma vida seja da
gado, homem ou cão.

{Notemos que em Jub 49.2 "...quando todos os poderes de Mastema haviam
sido liberados para matar ..." o texto afirma que Deus autoriza Mastema, que é
Satanás, para usar todos os seus poderes para cumprir uma ordem de Deus.
"...matar todos os primogênitos da terra do Egito". Veja mais nos estudos
adicionais ao final do texto.}

49.5 E a praga foi muito grave no Egito, e não havia nenhuma casa na qual
não houvesse nenhum morto, e choro e lamento.

49.6 E toda Israel estava comendo a carne do cordeiro pascal, e bebendo o
vinho, e estava festejando [louvando], e bem dizendo, e dando graças ao
Senhor Deus de seus pais, e estavam prontos para sair do jugo do Egito, e da
maligna escravidão. 
49.7 E lembre-se tu deste dia todos os dias de tua vida, e observe-o de ano
em ano todos os dias de tua vida, uma vez por ano, neste dia, de acordo com
toda a lei, e não adie (a páscoa) de dia para dia, ou de mês para mês.

49.8 Porque é uma ordenança eterna, e gravada nas tábuas celestes no que
diz respeito a todos os filhos de Israel que eles devem observá-la todo ano no
seu dia uma vez por ano por todas as gerações; e não ha limite de dias,
porque é ordenado para sempre.

49.9 O homem que está livre de imundície e não vier a observar (a páscoa) no
seu dia, para trazer uma oferta aceitável diante do Senhor, e para comer e
beber diante do Senhor no dia deste festival, este homem que está limpo e
está próximo deverá ser cortado fora, porque ele não ofereceu oferta [oblação]
ao Senhor em sua determinada época, ele tomará culpa sobre si mesmo.

{Em Jub 49.9 "...este homem que está limpo e está próximo". "Limpo" refere-
se ao homem que está limpo, descontaminado, ou seja, não tem impedimento
de entrar na cidade e oferecer oferta a Deus e "próximo" refere-se a condição
de não estar muito distante a ponto de justificar a falta no festival de páscoa
no templo. Resumindo: Quem está próximo da cidade e limpo para poder
entrar nela e celebrar a páscoa e não o fizer será culpado.}

49.10 Que os filhos de Israel venham e celebrem a páscoa nos dias de seu
tempo determinado, no décimo quarto dia do primeiro mês, entre os
anoiteceres, da terceira parte do dia a terceira parte da noite, porque duas
partes do dia são dadas para a luz, e a terceira parte para o anoitecer.

{Em Jub 49.10 temos a divisão dos dias e das noites em 3 partes cada. São
as três vigílias da noite e as três "horas" do dia.}

49.11 Isto é o que o Senhor te ordenou que tu deves observar entre os
anoiteceres.

49.12 E não é permitido matar (o cordeiro pascal) em nenhum período da luz
(do dia), mas durante o período próximo ao anoitecer, e que seja comido no
tempo do anoitecer até a terceira parte da noite, e o que quer que sobrar de
toda a carne da terceira parte da noite em diante,  que seja queimado com
fogo.
 49.13 E eles não o devem cozinhar com água, nem devem comê-lo cru, mas
assado no fogo. Eles devem comê-lo com diligência. Sua cabeça com suas
entranhas e seus pés eles devem assar no fogo, e não (devem) quebrar
nenhum osso; porque pelos filhos de Israel nenhum osso deverá ser
quebrado.

49.14 Por esta razão o Senhor ordenou os filhos de  Israel a observarem a
páscoa no dia determinado, e eles não devem quebrar nenhum osso; porque
é um dia festivo, e um dia ordenado, e não deve ser adiado de dia para dia, e
mês para mês, mas que ele seja observado no dia do festival.

49.15 E tu [Moisés] comande os filhos de Israel para que observem a páscoa
pelos seus dias, cada ano, uma vez ao ano no seu dia determinado, e isto
será por memorial agradável diante do Senhor, e nenhuma praga os sobrevirá
para matar ou ferir naquele ano no qual eles celebrarem a páscoa em sua
época e em todo aspecto de acordo com a ordem Dele [de Deus].

{Promessa de Deus para quem celebrar a páscoa conforme ordenada: "...e
nenhuma praga os sobrevirá para matar ou ferir naquele ano no qual eles
celebrarem a páscoa..." Jub. 49.15}

49.16 E eles não devem comê-lo fora do santuário do Senhor, mas diante do
santuário de Deus, e todas as pessoas da congregação de Israel devem
celebrá-la na sua época determinada.

49.17 E todo o homem que vem neste dia (de páscoa)  deve comer (o
cordeiro) no santuário do seu Deus diante do Senhor, de vinte [20] anos de
idade para mais; porque assim está escrito e ordenado que eles devem
comer-lo no santuário do Senhor.

49.18 E quando os filhos de Israel vierem para a terra que eles possuirão,
para a terra de Canaã, e assentarem o tabernáculo do Senhor no meio da
terra em uma se suas tribos, até que o santuário do Senhor seja construído na
terra, que eles venham e celebrem a páscoa no meio  do tabernáculo do
Senhor, e que eles matem (o cordeiro) diante do Senhor de ano em ano.

49.19 E nos dias em que a casa for construída em nome do Senhor e na terra
de sua herança, eles deverão ir até lá e matar o cordeiro pascal ao anoitecer,
ao por do sol, na terceira parte do dia.
 49.20 E eles devem oferecer seu sangue no limiar [na soleira] do altar, e
devem colocar a gordura no fogo que está sobre o altar, e eles devem comer
a carne assada no fogo no átrio da casa que foi santificada em nome do
Senhor.

49.21 E eles não podem celebrar a páscoa em suas cidades, nem em nenhum
lugar salvo diante do tabernáculo do Senhor, ou diante de Sua casa na qual
Seu nome habita; e eles não devem se desviar do Senhor.

49.22 E tu, Moisés, comande os filhos de Israel para que observem as
ordenanças da páscoa, conforme lhe foi ordenado, que eles devem observar o
dia, ano após ano o seu dia, [declare a eles seu ano nos anos e seu dia nos
dias], e o festival dos pães asmos, que eles devem comer pães asmos sete
dias, que eles devem observar este festival, e que  eles tragam uma oferta
[oblação] todo dia durante aqueles dias, sete dias de alegria diante do Senhor
no altar de seu Deus.

49.23 Porque vós celebrais este festival com pressa quando vós saístes da
terra do Egito e entrastes no deserto de Shur; porque na costa do mar vós o
completastes.

O Livro dos Jubileus - português - Capítulo 48 - traduzido por L.Monk 2012

[Capítulo 48]  
Da fuga de Moisés ao Êxodo dos Israelitas.

48.1 E no sexto ano da terceira semana do quadragésimo nono jubileu tu
partiste e habitaste na terra de Midiã, [2372 A.M.] cinco semanas e um ano.
[36 anos] E tu retornaste ao Egito na segunda semana, no segundo ano, do
qüinquagésimo jubileu. [2410 A.M.]

48.2 E tu mesmo sabes que Ele [Deus] falou contigo no Monte Sinai, e o que
o príncipe Mastema queria fazer contigo quando tu estavas retornando ao
Egito no caminho, quando tu o encontraste no alojamento. [na festa dos
tabernáculos.] [...].

48.3 Não procurou ele com todo seu poder matar-te e livrar os Egípcios de
tuas mãos quando ele viu que tu eras enviado para executar julgamento e
vingança aos egípcios?
 48.4 E eu te livrei das mãos dele, e tu fizestes os sinais e maravilhas os quais
tu foras enviado para fazer no Egito contra o Faraó, e contra toda a casa dele,
e contra seus servos e seu povo.

48.5 E o Senhor executou grande vingança sobre eles por causa de Israel, e
os feriu através (das pragas de) sangue e rãs, piolhos e cães moscas, e
furúnculos malignos irrompendo em feridas e seu gado pela morte, e por
pedras de granizo com isso Ele destruiu tudo o que crescia para eles; e por
gafanhotos que devoraram os resíduos deixados pelo  granizo, e pela
escuridão; e (pela morte) dos primogênitos dos homens e dos animais, e em
todos os ídolos deles tomou vingança e os queimou com fogo.

48.6 E tudo foi enviado por tuas mãos, para que tu declaraste (estas coisas)
antes delas serem feitas, e tu falaste com o rei do Egito diante de todos os
servos dele e diante de seu povo.

48.7 E tudo aconteceu de acordo com tuas palavras; dez grandes e terríveis
juízos [julgamentos] vieram sobre a terra do Egito de modo que tu executastes
vingança (contra eles) por Israel.

48.8 E o Senhor fez tudo por causa de Israel, e de  acordo com o Seu
mandamento, que ele havia ordenado a Abraão que Ele os vingaria se eles
trouxessem-nos a força para escravidão.

48.9 E o príncipe Mastema levantou-se contra ti, e  tentou te entregar nas
mãos do Faraó, e ele sempre ajudou os magos egípcios, e eles se levantaram
[e ele se levantou por eles] e trabalharam [exerceram] diante de ti.

48.10 A maldade nós permitimos que eles trabalhassem, mas os remédios
nós não permitimos serem feitos pelas mãos deles.

48.11 E o senhor os feriu com úlceras malignas, e eles eram incapazes de
ficar de pé, porque nós os destruímos e eles não podiam fazer um sinal
sequer.

48.12 E não bastasse todos (estes) sinais e maravilhas o príncipe Mastema
não estava envergonhado porque ele tomou coragem e  gritou aos egípcios
para que perseguissem após vós com todos os poderes do Egito, com suas
carruagens, e com seus cavalos, e com todos os exércitos [hostes] dos povos
do Egito. 
48.13 E eu fiquei entre os egípcios e Israel, e nós livramos Israel de suas
mãos, e para fora da terra daquele povo, e o Senhor os trouxe para o meio do
mar como se fosse terra seca.

48.14 E todos os povos que nós trouxemos a perseguir após Israel, o Senhor
nosso Deus os atirou no meio do mar, nas profundezas do abismo abaixo dos
filhos de Israel, da mesma forma que o povo do Egito havia atirado seus filhos
[de Israel] no rio. Ele [Deus] tomou vingança contra 1.000.000 deles, e mil
homens fortes e enérgicos foram destruídos por cada um amamentado [bebê]
dos filhos de teu povo que eles haviam atirado no rio.

48.15 E no décimo quarto dia, e no décimo quinto, e no décimo sexto, e no
décimo sétimo, e no décimo oitavo, o príncipe Mastema estava atado e preso
atrás dos filhos de Israel de modo que ele não os podia acusar.

48.16 E no décimo nono [dia] nós o deixamos sair para que ele pudesse
ajudar os egípcios a perseguir os filhos de Israel.

48.17 E ele endureceu o coração deles e os fez teimosos, e este dispositivo
foi criado pelo Senhor nosso Deus para que Ele pudesse ferir os egípcios e
atira-los no mar.

48.18 E no décimo quarto [dia] nós o prendemos de modo que não pudesse
acusar os filhos de Israel no dia em que eles pediram aos egípcios vasos
[embarcações] e roupas, vasos de prata, vasos de ouro, vasos de bronze,
para despojar [saquear] os egípcios em troca pela escravidão na qual eles os
forçaram a servir.

48.19 E nós não libertamos [lideramos afora] os filhos de Israel do Egito de
mãos vazias.

O Livro dos Jubileus - português - Capítulo 47 - traduzido por L.Monk 2012

[Capítulo 47]  
A juventude de Moisés.

47.1 E na sétima semana, no sétimo ano, no quadragésimo sétimo jubileu,
[2303 A.M.] teu pai saiu da terra de Canaã, e tu [Moises] nasceste na quarta
semana, no sexto ano, no quadragésimo oitavo jubileu; [2330 A.M.] este era o
tempo da tribulação sobre os filhos de Israel.
 
47.2 E o Faraó, rei do Egito, emitiu um comando sobre eles que eles deveriam
atirar no rio todos os meninos que nascessem.

47.3 E eles os atiraram durante sete meses até o dia em que tu nasceste e
tua mãe te escondeu por três meses, e eles falaram a respeito dela.

47.4 E ela fez uma arca para ti, e cobriu-a com betume e asfalto, e colocou-a
nas bandeiras às margens do rio, e ela te pôs dentro disto por sete dias, e tua
mãe vinha a noite e te amamentava, e durante o dia Miriam, tua irmã, te
protegia das aves. 

47.5 E naqueles dias Tarmuf, a filha do Faraó, veio se banhar no rio, e ela
ouviu tua voz chorando, e ela mandou suas empregadas trazê-lo, e elas te
trouxeram para ela.

47.6 E ela te tirou da arca, e teve compaixão de ti.

47.7 E tua irmã disse a ela: "Devo eu chamar para ti uma das mulheres
hebréias para cuidar [para ser enfermeira] e amamentar este bebê para ti? E
ela disse: "Vá."
 47.8 E ela foi e chamou tua mãe Jochebed, e ela [Tarmuf] deu a ela
[Jochebed] salário, e ela cuidou de ti [Moisés].

47.9 E depois, quando tu eras crescido, eles trouxeram-te para a filha do
Faraó, e tu tornou-se filho dela, e Amram teu pai te ensinou a escrever, e
quando tu completaste três semanas [21 anos] eles te trouxeram para a corte
real. [2351 A.M.] 

47.10 E tu estavas a três semanas de anos na corte até o tempo no qual tu
saíste da corte real [2372 A.M.] e viste um Egípcio ferindo teu amigo que era
dos filhos de Israel, e tu o mataste e o escondeste na areia.
 
47.11 E no segundo dia tu encontraste dois dos filhos de Israel que brigavam,
e tu disseste a ele que estava agindo errado: "Porque tu feres a teu irmão?"

47.12 E ele estava irado e indignado, e disse: "Quem te fez príncipe e juiz
sobre nós? Pensas tu em me matar como tu mataste ao egípcio ontem?" E tu
temeste e fugiste por causa das palavras dele.

{A palavra "príncipe" na Bíblia e neste livro de jubileu pode normalmente ser
traduzido também por "autoridade".}

O Livro dos Jubileus - português - Capítulo 46 - traduzido por L.Monk 2012

[Capítulo 46]  
Morte de José. Funeral de Jacó em Hebrom. A opressão dos israelitas no
Egito.

46.1 E aconteceu depois que Jacó morreu que os filhos de Israel se
multiplicaram na terra do Egito, e eles se tornaram uma grande nação, e eles
eram como um, concordando em coração, de modo que irmão amava irmão e
cada homem ajudava a seu irmão, e eles cresceram abundantemente e
multiplicaram muitíssimo (por) dez semanas de anos, todos os dias da vida de
José. (Ex 1.7)
 
46.2 E não havia Satanás [adversário] nem nenhuma maldade todos os dias
da vida de José que ele viveu após seu pai Jacó, porque todos os egípcios
honravam os filhos de Israel todos os dias da vida de José.

46.3 E José morreu aos cento e dez [110] anos de idade; dezessete [17] anos
ele viveu na terra de Canaã, e dez [10] anos ele foi servo, e três [3] anos na
prisão, e oitenta [80] anos ele estava abaixo do rei, governando toda a terra
do Egito.

46.4 E ele morreu e todos os seus irmão e toda aquela geração. (Ex 1.6)

46.5 E ele mandou aos filhos de Israel antes de morrer que eles deveriam carregar seu ossos com eles quando eles saíssem da terra do Egito.

46.6 E ele fez eles jurarem com relação aos ossos dele, porque ele sabia que
os Egípcios não o devolveriam e o sepultariam na terra de Canaã, porque
Macamaron, rei de Canaã, enquanto habitava na terra da Assíria, lutou no
vale contra o Rei do Egito e o matou lá, e perseguiu os egípcios até os
portões de Ermon.

46.7 Mas ele não foi capaz de entrar porque um outro, um novo rei, havia se
tornado rei do Egito, e ele era mais forte que ele, e ele retornou para a terra
de Canaã, e os portões do Egito foram fechados, e ninguém entrava nem saía
do Egito.

46.8 E José morreu no quadragésimo sexto jubileu, na sexta semana, no
segundo ano, e eles o sepultaram na terra do Egito, [2242 A.M.] e todos os
seus irmãos morreram depois dele.
 
46.9 E o rei do Egito saiu para guerra contra o rei de Canaã no quadragésimo
sétimo jubileu, na segunda semana, no segundo ano,  [2263 A.M.] e os filhos
de Israel levaram todos os ossos dos filhos de Jacó menos os ossos de José,
e eles os enterraram no campo da caverna dupla na montanha.

46.10 E a maioria (deles) voltou ao Egito, mas alguns deles permaneceram
nas montanhas de Hebron, e Amram pai deles permaneceu com eles.

46.11 E o rei de Canaã foi vitorioso sobre o rei do Egito, e ele fechou os
portões do Egito.

46.12 E ele [rei do Egito] criou um plano maligno contra os filhos de Israel
para afligi-los, e ele disse ao povo do Egito:

46.13 "Eis que o povo dos filhos de Israel cresceram e se multiplicaram mais
que nós. Vamos e tratemo-los com sabedoria antes que eles se tornem
demais numerosos, e os aflijamos com a escravidão antes que a guerra caia
sobre nós e antes que eles também lutem contra nós; para que eles não se
juntem aos nossos inimigos e com eles partam de nossa terra, porque seus
corações e faces estão voltados para Canaã." (Ex.1.10)

46.14 E ele enviou sobre eles feitores para afligi-los com escravidão; e eles
construíram cidades fortificadas para o Faraó, Pitom e Raamses, e eles construíram todos os muros e fortificações nas cidades do Egito que haviam
sido reconquistadas [invadidas novamente]. (Ex.1.11)

46.15 E eles fizeram eles servirem com rigor [e eles os suprimiram pela força],
e quanto mais eles os tratavam com maldade, tanto mais eles cresciam e
multiplicavam. (Ex.1.12)

46.16 E o povo do Egito abominava os filhos de Israel.

O Livro dos Jubileus - português - Capítulo 45 - traduzido por L.Monk 2012

[Capítulo 45]  
Recepção por José. A administração egípcia por José. Morte de Jacó.

45.1 E Israel foi para o país do Egito, na terra de Gósen, na lua nova do
quarto mês, no segundo ano da terceira semana no quadragésimo quinto
jubileu. [2172 A.M.] 

45.2 E José foi encontrar seu pai Jacó, para a terra de Gósen, e ele caiu no
pescoço de seu pai e chorou.

45.3 E Israel disse a José: "Agora me deixe morrer porque eu te vi, e agora
seja o Senhor Deus de Israel bem dito, o Deus de Abraão e o Deus de Isaque
que não reteve Sua misericórdia e sua graça de Seu servo Jacó.

45.4 E é suficiente para mim que eu tenha visto sua face enquanto sou ainda
vivo; sim, verdadeira é a visão que eu tive em Betel. Bem dito seja o Senhor
meu Deus para sempre, e bem dito seja o Seu nome!"
 45.5 E José e seus irmão comeram pão diante do pai deles e beberam vinho,
e Jacó alegrou-se com muitíssimo grande alegria porque ele viu José
comendo com seus irmãos e bebendo diante dele, e ele bem disse ao Criador
de todas as coisas que o preservou, e o preservou para ele seus doze filhos.

45.6 E José deu a seu pai e a seus irmãos um presente. O direito de
habitarem na terra de Gósen e em Rameses e em toda a região ao redor, que
ele governava diante do Faraó. E Israel e seus filhos habitaram na terra de
Gósen, a melhor parte da terra do Egito, e Israel tinha cento e trinta [130] anos
de idade quando ele veio ao Egito.

45.7 E José sustentou seu pai e seus irmão e também suas posses com pão
tanto quanto bastou-lhes pelos sete anos da fome.

45.8 E a terra do Egito sofria por causa da fome, e José adquiriu toda a terra
do Egito para o Faraó em troca pela comida, e ele obteve as posses das
pessoas e seu gado e tudo para o Faraó.

45.9 E os anos da fome foram completos, e José deu para o povo da terra
semente e comida para que eles pudessem plantar no oitavo ano, porque o rio
havia inundado toda a terra do Egito.

45.10 Porque nos sete anos da fome ele [o rio] (não) havia inundado e havia
irrigado somente alguns lugares nas margens do rio, mas agora ele havia
inundado e os egípcios semearam a terra, e ela deu muito milho naquele ano.

45.11 E este era o primeiro ano da quarta semana do quadragésimo quinto
jubileu. [2178 A.M.]
 
45.12 E José tomou do milho da colheita a quinta parte para o rei e deixou
quatro partes para ele para alimento e semente, e José fez disso uma
ordenança para a terra do Egito até este dia.

45.13 E Israel viveu na terra do Egito dezessete anos, e todos os dias que ele
[Israel] viveu foram três jubileus, cento e quarenta e sete [147] anos, e ele
morreu no quarto ano da quinta semana do quadragésimo quinto jubileu.
[2188 A.M.]
 
45.14 E Israel abençoou seu filhos antes de morrer e os contou tudo o que iria
acontecer com eles na terra do Egito; e ele tornou conhecido a eles o que os sobreviria nos últimos dias, e os abençoou e deu a  José duas porções na
terra.

{Jub 45.14 "...e (Israel) deu a José duas porções na terra." Talvez esta porção
dupla dada a José na terra esteja ligada ao fato futuro da tribo de José tornar-
se em duas, Manassés e Efraim.}

45.15 E ele dormiu com seus pais, e ele foi enterrado na caverna dupla na
terra de Canaã, próximo a Abraão, seu pai, na sepultura que ele cavou para si
mesmo na caverna dupla na terra de Hebron.

45.16 E ele deu todos os seus livros e os livros de seus pais para Levi, seu
filho, para que ele os preservasse e os renovasse para seus filhos até este
dia.

O Livro dos Jubileus - português - Capítulo 44 - traduzido por L.Monk 2012

[Capítulo 44]  
Viajem de Jacó ao Egito. Lista de seus descendentes.

44.1 E Israel iniciou sua jornada de Arã, sua casa, na lua nova do terceiro
mês, e ele foi ao no caminho do Poço do Juramento, 

44.2 e ele ofereceu um sacrifício ao Deus de seu pai Isaque no sétimo [dia]
deste mês.

44.3 E Jacó lembrou-se do sonho que ele havia sonhado em Betel, e ele temeu descer ao Egito. E enquanto ele estava pensando em mandar uma
palavra para José para vir a ele, e que ele não iria descer, ele permaneceu lá
sete dias, se acaso ele teria uma visão sobre se ele deveria permanecer ou
descer [ao Egito].

44.4 E ele celebrou o festival da colheita dos primeiros frutos com grão velho,
porque em toda a terra de Canaã não havia sequer uma mão cheia de
semente, porque a fome estava sobre todos os animais selváticos, gado e
aves, e também sobre os homens.

44.5 E no décimo sexto [dia] o Senhor apareceu a ele e disse a ele: "Jacó,
Jacó!" e ele disse: "Aqui estou eu." E Ele disse a ele: "Eu sou o Deus de teus
pais, o Deus de Abraão e Isaque. Não temas em descer ao Egito, porque eu
farei lá tu tornar-se uma grande nação.

44.6 Eu descerei contigo, e eu te trarei para cima (novamente), e nesta terra
tu serás enterrado, e José colocará as mãos dele sobre teus olhos. Não
temas. Desça ao Egito!"

44.7 E seus filhos levantaram-se, e seus netos, e eles colocaram seu pai e
suas posses em vagões.

44.8 E Israel levantou-se do Poço do Juramento no décimo sexto [dia] deste
mês, e ele foi para a terra do Egito.

44.9 E Israel enviou Judá antes dele a seu filho José para examinar a terra de
Gósen, porque José havia dito a seus irmãos que eles deviam vir e habitar lá
para que eles ficassem próximos a ele. (Gn 46.28)

44.10 E esta era a melhor (terra) na terra do Egito, e próxima a ele, para todos
e também para o gado.

44.11 E esses são os nomes dos filhos de Jacó que foram ao Egito com Jacó
pai deles: (Gn 46.8)

44.12 Rubem, o primogênito de Israel; e esses são os nomes de seus filhos:
Enoque, Palu, Hezron e Carmi. Cinco. (Contando o Pai e seus filhos
somados.)

44.13 Simeão e seus filhos; e esses são os nomes de seus filhos: Jemuel [Nemuel], Jamin, Oade, Jaquim [Jaribe], Zoar [Zerá] e Saul, o filho de
Zephathite. Sete. (Ex 6.15; 1Cr 4.24)

{Traduzir nomes não é fácil. Em 1 Crônicas 4.24 na Bíblia King James diz:
“The sons of Simeon {were}, Nemuel, and Jamin, Jarib, Zerah, {and} Shaul:
{Nemuel: or, Jemuel} {Jarib, Zerah: or, Jachin Zohar}” 
Em Êxodo 6.15 diz: “And the sons of Simeon; Jemuel, and Jamin, and Ohad,
and Jachin, and Zohar, and Shaul the son of a Canaanitish woman: these
{are} the families of Simeon.” 
Na versão atualizada em português diz: “E os filhos de Simeão: Jemuel,
Jamin, Oade, Jaquim, Zoar e Saul, filho de uma cananéia; estas são as
famílias de Simeão. “}


{A versão de Erich Weidinger diz somente “os filhos de ...” no lugar de “o filho
de Zephatite. Sete.”}

44.14 Levi e seus filhos; e esses são os nomes de seus filhos: Gérson, Coate,
Merari. Quatro.  (Gn 46.11;1Cr 6.1)

44.15 Judá e seus filhos; e esses são os nomes de seus filhos: Selá, Perez,
Zerá. Quatro. (Gn 46.12)

{E os filhos de Judá: Er, Onã, Selá, Perez e Zerá; Er e Onã, porém, morreram
na terra de Canaã; e os filhos de Perez foram Hezrom e Hamul. Gênesis
46.12}

44.16 Issacar e seus filhos; e esses são os nomes de seus filhos: Tola, Puá
[Puva], Jasub [Jó] e Simron. Cinco. (Gn 46.13)

44.17 Zebulom e seus filhos; e esses eram os nomes de seus filhos: Serede,
Elon, Jaleel. Quatro. (Gn 46.14)


44.18 E esses são os filhos de Jacó e os filhos deles que Lia deu a Jacó na
Mesopotâmia [Padã-Arã], seis e a única irmã deles Diná, e todas as vidas dos
filhos de Lia e seus filhos que foram com Jacó, pai deles, ao Egito eram vinte
e nove [29], e Jacó seu pai (somado) com eles eram trinta [30]. (Gn 46.30)

{Em Gênesis 46.30 o lugar é chamado de Padã-Arã e a soma das vidas é 33. Isso porque na contagem em Jub 44.18 conta-se somente os homens e
desconta-se Er e Onã que haviam morrido. (30 vidas.) Em Gênesis a
contagem inclui a filha Diná e os 2 filhos falecidos de Judá, Er e Onã. (33
vidas.)}

44.19 E os filhos de Zilpá, empregada de Lia, esposa de Jacó, que deu a Jacó
Gade e Ashur.

44.20 E esses eram os nomes de seus filhos que foram com ele ao Egito. Os
filhos de Gade: Zifion, Hagi, Suni, Esbon, (Eri,) Areli, e Arodi. Oito. (Gn 46.16)

{O nome de Eri é acrescentado ao texto Etíope completando parte faltante
baseado em Gn 46.16. A contagem Oito já estava correta no texto. O mesmo
parece acontecer com o nome Isvi em Jub 44.21.}

44.21 E os filhos de Aser: Imná, Isvá, (Isvi,) Berias e Sera sua única irmã.
Seis.

44.22 Todas as vidas eram quatorze [14], e todos aqueles de Lia eram
quarenta e quatro [44].

44.23 E os filhos de Raquel, esposa de Jacó: José e Benjamin.

44.24 E nasceram de José no Egito antes de seu pai vir para o Egito, aqueles
que Asenate, filha de Potifar, sacerdote de Heliopolis [Om] deu a ele:
Manassés e Efraim. Três. (Gn 46.20)

{Heliopolis é chamada de Om em Gn 46.20.}

44.25 E os filhos de Benjamin: Belá, Bequer, Asbel, Gera, Naamã, Eí, Rós,
Mupim, Hupim e Arde. Onze. (Gn 46.21)

44.26 E os filhos de Raquel eram quatorze.

44.27 E os filhos de Bilá, a empregada de Raquel, esposa de Jacó, que ela
deu a Jacó, eram Dan e Naftali.

44.28 E esses são os nomes dos filhos deles que foram com eles para o
Egito. E os filhos de Dan eram: Husim, Samon, Asudi, Ijara e Salomon. Seis.
 44.29 E eles morreram no ano que eles entraram no egito, e sobrou para Dan
somente Husim. (Gn 46.23)

44.30 E esses são os nomes dos filhos de Naftali: Jaziel, Guni, Jezer, Salum e
Iv. (Gn 46.24)

44.31 E Iv, que nasceu depois dos anos da fome, morreu no Egito.

{Em Gênesis 46 não temos os nomes dos outros filhos de Dan que morreram
nem o nome de Iv que também morreu no Egito.}

44.32 E as vidas de Raquel eram vinte e seis [26].

44.33 E todas as vidas de Jacó que foram ao Egito foram setenta vidas. Esses
são seus filhos e seus netos, ao todo setenta, mas cinco morreram no Egito
diante de José, e não tiveram filhos.

44.34 E na terra de Canaã dois filhos de Judá morreram, Er e Onan, e eles
não tinham filhos, e os filhos de Israel enterraram esses que pereceram, e
eles foram contados entre as setenta pessoas. (Gn 46.27; Ex 1.5)

O Livro dos Jubileus - português - Capítulo 43 - traduzido por L.Monk 2012

[Capítulo 43]  
A última provação aos Irmão de José. José se dá a conhecer a seus irmãos.

43.1 E ele fez conforme José mandou, e encheu todos os sacos deles com
comida e colocou o dinheiro deles em seus sacos, e pôs o caneco no saco de
Benjamin.

43.2 E cedo pela manhã eles partiram, e aconteceu quando eles tinham ido
dali que José disse ao comissário [mordomo] de sua  casa: "Persiga-os,
corram e cerquem-nos dizendo: Por bem vós me pagueis com o mal; vocês
roubaram de mim minha caneca de prata da qual meu senhor bebe." E me
traga novamente o irmão mais novo deles, e busquem ele rápido antes que eu
vá adiante para a minha cadeira de julgamento."

43.3 E ele correu atrás deles e disse segundo estas palavras.

43.4 E eles disseram a ele: "Deus proíbe que seus servos pratiquem isso, e
roubem da casa de teu senhor qualquer utensílio, e o dinheiro que também
nós encontramos em nossos sacos da primeira vez, nós teus servos
trouxemos de volta da terra de Canaã.

43.5 Como porém roubaríamos algum utensílio? Eis aqui estamos nós e
nossos sacos. Procure, e onde quer que tu achar a caneca no saco de
qualquer homem dentre nós, que ele seja morto, e nós e nossos jumentos
serviremos ao teu senhor."

43.6 E ele disse a eles: "Assim não, (mas) que o homem com o qual eu achar
(a caneca) ele somente levarei como servo, e vós retornarei em paz para
vossa casa."

43.7 E a medida que ele procurava nas embarcações [nos vasos] deles,
começando com o mais velho e terminando com o mais novo, foi encontrada
no saco de Benjamin.

43.8 E eles rasgaram as suas vestes, e carregaram seus jumentos, e voltaram
para a cidade e foram a casa de José, e eles todos se dobraram com suas
faces no chão diante dele.
 43.9 E José disse a eles: "Vós praticastes o mal." E eles disseram: "O que
diremos e como nos defenderemos? Nosso senhor descobriu a transgressão
de seus servos; eis que nós somos servos de nosso senhor e nossos
jumentos também."

43.10 E José disse a eles: "Eu também temo ao Senhor. Quanto a vós, vão
para vossas casas e deixem vosso irmão ser meu servo, porque vós
praticastes o mal. Não sabem vós que um homem se delicia neste caneco
como eu com este caneco? E ainda vós o roubam de mim."

43.11 E Judá disse: "O meu senhor, permita que teu servo, eu te rogo, fale
uma palavra ao ouvido de meu senhor. Dois irmão a mãe de teu servo deu a
luz a nosso pai, mas um se foi perdido, e não foi encontrado, e ele [Benjamin]
sozinho foi deixado a sua mãe, e teu servo, nosso pai, o ama, e a vida dele
também está ligada com a vida deste rapaz.

43.12 E acontecerá que quando nós formos a teu servo nosso pai, e o rapaz
não estiver conosco, que ele morrerá, e nós derrubaremos nosso pai em
lamento para a morte.

43.13 Agora é preferível deixar a mim, teu servo, permanecer no lugar do
garoto como escravo a meu senhor, e deixe que o rapaz vá com seus irmãos,
porque eu me tornei fiador por ele nas mãos de teu servo nosso pai, e se eu
não o trouxer de volta, teu servo ouvirá a culpa de seu pai para sempre."

43.14 E José viu que eles estavam todos concordando em bondade um para
com o outro, e ele não pode se conter e contou a eles que ele era José.

43.15 E ele conversou com eles no idioma Hebraico e caiu no pescoço deles
e chorou. Mas eles não o reconheceram e começaram a chorar. 

43.16 E ele disse a eles: "Não chorem sobre mim, mas se apressem em trazer
meu pai para mim, e vós vejam que é a minha boca que falou e os olhos de
Benjamin, meu irmão, vejam.

43.17 E eis que este é o segundo ano da fome, e haverá ainda cinco anos
sem colheita de frutos das árvores ou lavouras.

43.18 Desçam rapidamente vós e vossos servos, para que vós não pereçam
pela fome, e não sejam magoados por suas posses, porque o Senhor enviou a mim antes de vós para por as coisas em ordem para que muitas pessoas
possam viver.

43.19 E digam a meu pai que eu estou vivo, e vós, eis que vós vêem que o
Senhor me fez como um pai para o Faraó, e governante sobre a casa dele e
sobre a terra do Egito.

43.20 E digam a meu pai sobre toda a minha glória, e toda a riqueza e glória
que o Senhor me deu."

43.21 E pela ordem da boca do Faraó ele os deu carruagens e provisões para
o caminho, e ele os deu roupas multicoloridas e prateadas.

43.22 E ao pai deles ele enviou vestes de prata e dez jumentos carregando
milho, e ele os despachou.

43.23 E eles subiram e contaram ao pai deles que José estava vivo, e estava
regulando [medindo] o milho a todas as nações da terra, e que ele era
governante sobre toda a terra do Egito.

{A versão em Alemão de Erich Weidinger omite este versículo 43.23, mas as
traduções de Charles e de G. Shodde possuem esse trecho.}

43.24 E o pai deles não acreditou, porque ele estava fora de si em sua mente;
mas quando ele viu as carruagens que José havia enviado, a vida de seu
espírito reviveu e ele disse: "É suficiente para mim que José esteja vivo; eu
descerei e o verei antes que eu morra."

O Livro dos Jubileus - português - Capítulo 42 - traduzido por L.Monk 2012

[Capítulo 42]  
As duas viagens dos filhos de Jacó ao Egito.

42.1 E no primeiro ano da terceira semana do quadragésimo quinto jubileu a
fome começou a chegar na terra, e a chuva recusou-se a ser dada para a
terra, porque nenhuma água caiu.
 
42.2 E a terra tornou-se estéril, mas na terra do Egito havia comida, porque
José havia estocado as sementes da terra nos sete anos de abundância e as
havia preservado.

42.3 E os egípcios vieram a José para que ele pudesse dar-lhe comida, e ele
abriu os armazéns onde estavam os grãos do primeiro ano, e ele vendeu-os
para as pessoas da terra por ouro. Agora a fome estava bastante severa na
terra da Canaã.

42.4 E Jacó ouviu que havia comida no Egito, e ele  enviou seus dez filhos
para que eles procurassem comida no Egito, mas Benjamin ele não enviou. E
os dez filhos de Jacó chegaram no Egito dentre aqueles que (lá) estavam.

42.5 E José os reconheceu, mas eles não reconheceram ele [José], e ele
falou com eles e os questionou, e ele disse a eles: "Vocês não são espiões e
não vieram espionar essa faixa de terra? E ele os pôs na prisão.  
 42.6 E depois disso ele os libertou novamente, e reteve Simeão sozinho e
despachou seus nove irmãos.

42.7 E ele encheu os sacos deles com milho, e ele pôs o ouro deles nos
sacos deles, mas eles não sabiam.

42.8 E ele os ordenou que trouxessem seu irmão mais novo, porque eles o
haviam dito que o pai deles e seu irmão mais novo estavam vivos.

42.9 E eles subiram da terra do Egito e foram para a terra de Canaã; e eles
contaram a seu pai tudo o que havia acontecido a eles, e como o senhor do
país havia falado com eles com dureza, e havia prendido Simeão até que eles
trouxessem Benjamin.

42.10 E Jacó disse: "Vós também me fazem sem filhos! José está ausente, e
também Simeão, e também querem levar de mim Benjamin? Em mim
sobreveio a vossa maldade!" 

42.11 E ele disse: "Meu filho [Benjamin] não irá convosco para que não venha
a cair doente, porque sua mãe deu a luz a dois filhos, e um pereceu, e ainda
este outro vocês querem tirar de mim. Se por ventura ele tiver febre na
estrada, vocês me trariam em minha idade avançada em lamento para a
morte."
 
42.12 Porque ele viu que o dinheiro deles havia retornado a cada homem em
seu saco, e por esta razão ele temeu em enviá-lo.

42.13 E a fome aumentou e tornou-se severa na terra de Canaã, e em todas
as terras salvo a terra do Egito, porque muitos dos filhos dos egípcios haviam
estocado suas sementes para alimento do tempo quando eles viram José
estocando sementes e ajuntando-as em armazéns e preservando-as para os
anos de fome.

42.14 E o povo do Egito alimentou-se durante o primeiro ano da fome.

42.15 Mas quando Israel viu que a fome estava muito severa na terra, e que
não havia livramento, ele disse a seus filhos: "Vão novamente, e procurem
comida para que nós não morramos."

42.16 E eles disseram: "Nós não iremos a não ser que nosso irmão mais novo vá conosco, nós não iremos."

42.17 E Israel viu que se ele não enviasse-o com eles, eles todos pereceriam
em razão da fome.

42.18 E Rubem disse: "Dê-o em minha mão, e se eu não os trouxer
novamente a ti, mate meus dois filhos em lugar da vida dele." E ele [Israel]
disse a ele [Rubem]: "Ele não irá contigo." 

42.19 E Judá aproximou-se e disse: "Envie-o comigo, e se eu não o trouxer
novamente comigo, que eu carregue [suporte] a culpa diante de ti todos os
dias de minha vida."

42.20 E ele o enviou com eles no segundo ano dessa semana no primeiro dia
do mês, [2172 A.M.] e eles vieram para a terra do Egito com todos aqueles
que haviam ido, e (tinham) presentes em suas mãos,  estoraque [stacte] e
amêndoas e nozes de carvalho e mel puro.

42.21 E eles foram e ficaram diante de José, e ele viu Benjamin, seu irmão, e
ele o conheceu, e disse a eles: "É este seu irmão mais novo?" E eles
disseram a ele: "É ele." E ele disse: "O Senhor seja gracioso [se compadeça]
para contigo meu filho!"

42.22 E ele o enviou para sua casa e trouxe Simeão para eles e ele [José] fez
uma festa para eles, e eles apresentaram-lhe os presentes que eles
trouxeram em suas mãos.

42.23 E eles comeram diante dele e ele deu a eles todos uma porção, mas a
porção de Benjamin era sete vezes maior que a de qualquer deles.

42.24 E eles comeram e beberam e levantaram-se e montaram-se em seus
jumentos.

42.25 E José bolou um planos pelo qual ele pudesse saber os pensamentos
deles se pensamentos de paz prevaleciam entre eles, e ele disse ao
comissário que estava sobre sua casa: "Encha todos  os sacos deles com
comida, e retorne a eles o seu dinheiro nas embarcações [nos vasos] deles, e
meu caneco, o caneco de prata no qual eu bebo, ponha no saco do mais
novo, e os envie embora."

O Livro dos Jubileus - português - Capítulo 41 - traduzido por L.Monk 2012

[Capítulo 41]  
Judá pratica incesto com Tamar, seu remorso e arrependimento.

41.1 No quadragésimo quinto jubileu, na segunda semana, no segundo ano,
[2165 A.M.] Judá tomou para seu primogênito Er uma esposa das filhas de
Arã chamada Tamar.

41.2 Mas ele a desprezou e não se deitou com ela, porque sua mãe era das
filhas de Canaã, e ele queria tomar para si uma esposa da parentela de sua
mãe, mas Judá, seu pai, não o permitia.

41.3 E este Er, o primogênito de Judá, era maligno e o Senhor o matou.

41.4 E Judá disse para Onan, seu irmão: "Entre na esposa de teu irmão e
exerça a obrigação do irmão do marido nela, e gere uma descendência para
teu irmão."

41.5 Mas Onan sabia que a descendência não seria sua, mas de seu irmão
somente, e ele foi a casa da esposa de seu irmão e espalhou a semente no
chão, e ele foi maligno aos olhos do Senhor, e Ele o matou.

41.6 E Judá disse a Tamar, sua nora: "Permaneça na casa de teu pai como uma viúva até Shelá, meu filho, crescer e eu te darei a ele por esposa."

41.7 E ele [Shelá] cresceu, mas Bedsuel, esposa de Judá, não permitiu que
seu filho Shelá casasse. E Bedsuel, esposa de Judá, morreu no quinto ano
dessa semana. [2168 A.M.]
 
41.8 E no sexto ano Judá levantou-se para tosquiar suas ovelhas em Timnah.
[2169 A.M.]
 
41.9 E eles disseram a Tamar: "Eis que teu sogro vai para Timnah para
tosquiar as ovelhas dele." E ela tirou suas roupas de viúva, e vestiu um véu, e
se adornou, e sentou-se no portão ao lado do caminho para Timnah.

41.10 E quando Judá estava indo ele a encontrou, e pensou que ela era uma
prostituta, e ele disse a ela: "Deixe-me entrar em  ti"; e ela disse a ele para
entrar, e ele entrou.

41.11 E ela disse a ele: "Dê-me meu pagamento." e ele disse a ela: "Eu não
tenho nada em minhas mãos salvo meu anel que está em meu dedo, e meu
colar, e meu cajado que está em minha mão."

41.12 E ela disse a ele: "Dê-os a mim até que tu me envies meu pagamento."
E ele disse a ela: "Eu lhe enviarei um cabrito." E  ele os deu a ela, e ela
concebeu [engravidou] dele.

41.13 E Judá foi até seu rebanho, e ela foi para a casa do pai dela.

41.14 E Judá enviou um cabrito pelas mãos do seu pastor, um Adulamita, e
ele não a encontrou; e ele perguntou para as pessoas do lugar dizendo:
"Onde esta a prostituta que estava aqui?" E eles disseram a ele: "Não ha
nenhuma prostituta aqui conosco."

41.15 E ele retornou e o informou, e disse a ele que ele não a encontrara: "Eu
perguntei para as pessoas do lugar, e eles disseram a mim, não há prostituta
aqui." E ele disse: "Deixemos que ela fique (com as coisas) para que não nos
tornemos causa de escárnio." 

41.16 E quando ela completou três meses ficou manifesto que ela estava
grávida, e eles disseram a Judá dizendo: "Eis que Tamar, tua nora, está
grávida de adultério!" 
41.17 E Judá foi a casa do pai dela e disse ao pai  dela e a seus irmão:
"Tragam-na para fora e deixem-nos queimá-la, porque ela trouxe imundície
para Israel!" 

41.18 E aconteceu quando eles a trouxeram para fora que ela enviou a seu
sogro o anel, o colar e o cajado dizendo: "Discirna de quem são estes, porque
dele estou grávida." 

41.19 E Judá percebeu e disse: "Tamar é mais justa de que eu, portanto não
iremos queimá-la." 

41.20 E por esta razão ela não foi dada a Shelá, e ele não mais se achegou a
ela

41.21 E depois disso ela deu a luz a dois filhos, Perez e Zerá, no sétimo ano
desta segunda semana. [2170 A.M.]
 
41.22 E então os sete anos de abundância foram completos, dos quais José
falou ao Faraó.

41.23 E Judá percebeu que a obra que ele havia praticado era má, porque ele
havia se deitado com sua nora, e ele estimou isto odioso a seus olhos, e ele
percebeu que ele tinha transgredido e se desviado,  porque ele havia
descoberto a saia de seu filho, e ele começou a lamentar e a suplicar diante
do Senhor por sua transgressão.

41.24 E nós [Anjos] o contamos em um sonho que isto lhe estava perdoado
porque ele suplicou fervorosamente, e não mais cometeu isto. 

41.25 E ele recebeu perdão porque ele virou-se de seu pecado e de sua
ignorância, porque ele transgrediu grandemente diante de nosso Deus; e cada
um que age assim, cada um que se deita com sua nora, que seja queimado
no fogo e que queime nela, porque é imundície e poluição sobre ele, que eles
o queimem no fogo.

41.26 E tu [Moisés] comande os filhos de Israel para que não aja imundície
entre eles, porque cada um que deitar-se com sua nora ou com sua sogra
praticou imundície; deixe-os queimar no fogo o homem que se deitou com ela,
e da mesma forma a mulher, e Ele [Deus] desviará a ira e punição de Israel. 
41.27 E em Judá nós dissemos que seus dois filhos não se deitaram com ela,
e por esta razão a descendência dele foi estabelecida pelo sexo oposto (uma
filha de Judá) [por uma segunda geração], e não será exterminada.

41.28 Porque em uma singularidade de olhar [piedade] ele buscou pela
punição, nominalmente, de acordo com a Lei [os juízos] de Abraão, a qual ele
havia ordenado a seus filhos, Judá tinha procurado queimá-la com fogo. [eles
procuraram queimar Judá com fogo.]

{Nesta parte o texto de Charles diz: “ele (Judá) tinha procurado queimá-la com
fogo.” Mas a versão de Erich Weidinger diz: “eles procuraram queimá-lo
(Judá) com fogo.” Trata-se de uma dificuldade da tradução do Etíope. Acredito
que faça mais sentido a versão de Charles neste caso.}

O Livro dos Jubileus - português - Capítulo 40 - traduzido por L.Monk 2012

[Capítulo 40]  
O Sonho do Faraó. Ascensão de José.

40.1 E naqueles dias o Faraó sonhou dois sonhos em uma noite a respeito de
uma fome que aconteceria em toda a terra, e ele acordou de seu sono e chamou todos os interpretes de sonhos que estavam no Egito, e os magos, e
os contou seus dois sonhos, e eles não foram capazes de explicá-los.

40.2 Então o copeiro chefe lembrou-se de José e falou sobre ele ao rei, e ele
o trouxe da prisão, e ele contou seus dois sonhos diante dele.

40.3 E ele [José] disse diante do Faraó que seus dois sonhos eram um, e ele
disse a ele: "Sete anos passarão (nos quais haverá) abundância sobre toda a
terra do Egito, e depois disso sete anos de fome, fome tamanha como nunca
houve em toda a terra.

40.4 E agora o Faraó construiu em toda a terra do Egito armazéns, e os
homens puderam estocar comida em cada cidade durante os dias dos anos
de abundância, e haveria comida para os sete anos de fome, e a terra não
pereceria pela fome, porque esta seria muito severa."

40.5 E o Senhor deu a José favor e misericórdia aos olhos do Faraó, e o
Faraó disse a seus servos: "Nós não encontraremos homem tão sábio e
perspicaz como este homem, porque o espírito do Senhor está com ele."

40.6 E ele o nomeou o segundo em todo o seu reino e o deu autoridade sobre
todo o Egito, e o fez andar na segunda carruagem do Faraó.

40.7 E ele o vestiu com roupas de linho fino, e colocou uma corrente de ouro
sobre seu pescoço, e (um arauto que) proclamava diante dele "Ei Ei wa
Abirer" , e colocou  um anel em sua mão e o fez governante sobre toda sua
casa, e o engrandeceu, e disse a ele: "Somente eu no trono serei maior que
tu." 

40.8 E José governou sobre toda a terra do Egito, e todos os príncipes do
Faraó, e todos seus servos, e todos os que cuidavam dos negócios do rei o
amavam, porque ele andava em retidão, porque ele não tinha orgulho nem
arrogância, e ele não fazia distinção de pessoas [não respeitava (certas)
pessoas] nem aceitava presentes, mas ele julgava em retidão e justiça todas
as pessoas da terra.

40.9 E a terra do Egito estava em paz diante do Faraó por causa de José,
porque o Senhor era com ele, e o deu favor e misericórdia por todas as suas
gerações diante de todos aqueles que o conheciam e aqueles que ouviam a
respeito dele, e o reino do Faraó estava bem arrumado, e não havia Satanás nem pessoa maligna (nele).

40.10 O rei chamou José pelo nome de Sefatinfans, e deu a José por esposa
a filha de Potifar, filha do príncipe de Heliopolis, o cozinheiro chefe.

40.11 E no dia em que José ficou diante do Faraó ele tinha trinta anos de
idade [quando ele ficou diante do Faraó].

40.12 E naquele dia Isaque morreu. E aconteceu conforme José havia dito na
interpretação dos dois sonhos, de acordo como ele havia dito, houveram sete
anos de abundância sobre toda a terra do Egito, e a terra do Egito produziu
abundantemente, uma medida (produziu) oitocentas medidas.

40.13 E José ajuntou comida em cada cidade até que elas estavam cheias de
milho até que eles não podiam mais contar ou medir por sua multidão.

O Livro dos Jubileus - português - Capítulo 39 - traduzido por L.Monk 2012

[Capítulo 39]  
José a serviço de Potifar, sua castidade e prisão.

39.1 E Jacó habitou na terra da peregrinação de seu pai, na terra de Canaã. 

39.2 Essas são as gerações de Jacó. E José tinha dezessete anos de idade quando eles o levaram para a terra do Egito, e Potifar, um eunuco do Faraó, e
cozinheiro chefe o trouxe.

39.3 E ele colocou José sobre toda a sua casa e a benção do Senhor veio até
a casa dos Egípcios por causa de José, e o Senhor o prosperou em tudo o
que ele fazia.

39.4 E os Egípcios confiavam tudo nas mãos de José; porque eles viam que o
Senhor estava com ele, e que o Senhor o prosperava em tudo o que ele fazia.

39.5 E a aparência de José era formosa [e muito bonita era sua aparência], e
a esposa de seu mestre levantou seus olhos e viu José, e ela o desejou e
pediu para ele se deitar com ela.

39.6 Mas ele não rendeu sua alma, e ele lembrou-se  do Senhor e das
palavras que Jacó, seu pai, costumava ler dentre as palavras de Abraão, que
nenhum homem deveria cometer fornicação com uma mulher que tem um
marido; porque para ele foi ordenado pena de morte no céu diante do Deus
Altíssimo, e o pecado será gravado contra ele nos livros eternos diante do
Senhor por todo o tempo. 

39.7 E José lembrou dessas palavras e recusou se deitar com ela.

39.8 E ela o pediu durante um ano, mas ele recusou e não deu ouvidos.

39.9 Mas ela o abraçou e o agarrou na casa para forçá-lo a se deitar com ela,
e fechou as portas da casa e o agarrou; mas ele deixou sua roupa nas mãos
dela e rompeu pela porta [quebrou a porta] e fujiu da presença dela. 

39.10 E a mulher viu que ele não iria se deitar com ela, e ela o caluniou na
presença do senhor dele dizendo: "Teu servo hebreu, aquele que tu amas,
tentou me forçar a deitar com ele, e aconteceu quando eu levantei minha voz
que ele fugiu e deixou sua roupa em minhas mãos quando eu o segurei, e ele
rompeu pela porta [quebrou a porta]."

39.11 E o egípcio viu a roupa de José e a porta quebrada, e ouviu as palavras
de sua esposa, e pôs José na prisão no lugar em que os que o rei prendia
eram mantidos aprisionados.

39.12 E ele estava lá na prisão; e o Senhor deu a José favor à vista do chefe dos guardas da prisão e compaixão diante dele, porque ele via que o Senhor
estava com ele, e que o Senhor fez tudo o que ele fazia prosperar.

39.13 E ele confiou todas as coisas nas mãos dele, e o chefe dos guardas da
prisão não o vigiava [não sabia de nada que estava  com ele], porque José
fazia tudo de acordo com o Senhor Deus. [porque José fazia tudo, e o Senhor
fez isso completamente] [aperfeiçoava isso]. E ele  permaneceu lá por dois
anos.

{Esta parte difícil da tradução onde os tradutores  do Etíope para Alemão e
Inglês encontraram dificuldade em entender. Acredito que o sentido correto
seja: Jub 39.13 “E ele confiou todas as coisas nas mãos dele, e o chefe dos
guardas da prisão não o vigiava, porque José fazia  tudo de acordo com o
Senhor Deus. E ele permaneceu lá por dois anos.”}

39.14 E naqueles dias o Faraó, rei do Egito, estava irado contra seus dois
eunucos. Contra o copeiro chefe, e contra o padeiro chefe, e ele os colocou
na prisão, na casa do cozinheiro chefe, na prisão onde José era mantido.

39.15 E o chefe dos guardas da prisão indicou José  para servi-los; e ele
serviu diante deles.

39.16 E eles dois sonharam um sonho, o copeiro chefe e o padeiro chefe, e
eles contaram para José.

39.17 E do modo conforme José interpretou assim aconteceu a eles. O Faraó
restaurou o copeiro chefe a seu posto e o padeiro chefe ele matou, do modo
como José interpretou a eles.

39.18 Mas o copeiro chefe esqueceu José na prisão,  ainda que ele tinha
informado a ele o que lhe aconteceria, e não se lembrou para informar ao
Faraó como José o havia contado, porque ele se esqueceu.

O Livro dos Jubileus - português - Capítulo 38 - traduzido por L.Monk 2012

[Capítulo 38]  
A luta entre Esaú e Jacó em Hebrom, sobre a torre.

38.1 E depois disso Judá falou com Jacó, seu pai, e disse a ele: "Curve seu
arco, pai, e atire suas flechas e derrube o adversário e mate seu inimigo; tu
tens o poder, porque nós não podemos matar seu irmão, porque ele é tal
como tu, e ele é como tu então nós temos de honrá-lo.

38.2 Então Jacó curvou seu arco e atirou a flecha e atingiu Esaú, seu irmão
(no seu peito direito) e o matou. 
38.3 E novamente ele atirou sua flecha e atingiu Adoran, o Sírio [Arameu], no
peito esquerdo, e o levou e o matou.

38.4 Então foram adiante os filhos de Jacó, eles e seus servos, dividiram-se
em companhias nos quatro lados da torre.

38.5 E Judá foi adiante pela frente, e Naftali e Gade com ele e cinqüenta
servos com ele no lado sul da torre, e eles mataram todos os que eles
encontraram diante deles, e nenhum indivíduo escapou deles.

38.6 E Levi, Dan e Aser foram adiante no lato leste da torre, e cinqüenta
(homens) com eles, e eles mataram os guerreiros de Moab e Ammon.

38.7 E Ruben, Issacar e Zebulom foram adiante no lado norte da torre, e
cinqüenta homens com eles, e eles mataram os guerreiros dos Filisteus.

38.8 E Simeão, Benjamin e Enoque, filho de Rubem, foram adiante no lado
oeste da torre, e cinqüenta (homens) com eles, e eles mataram de Edom e
dos Horitas quatrocentos homens, guerreiros robustos; e seiscentos fugiram,
e quatro dos filhos de Esaú fugiram com eles, e deixaram seu pai deitado
morto, e ele tinha caído na colina que é em Aduram.

38.9 E os filhos de Jacó os perseguiram até a montanha de Seir. E Jacó
enterrou seu irmão na colina que é em Aduram, e ele voltou para sua casa.

38.10 E os filhos de Jacó fizeram grande pressão sobre os filhos de Esaú nas
montanhas de Seir, e dobraram o pescoço deles de modo que eles se
tornaram servos dos filhos de Jacó.

38.11 E eles enviaram a seu pai (uma mensagem perguntado) se eles
deveriam fazer paz com eles ou matá-los.

38.12 E Jacó enviou palavra a seus filhos (dizendo) que eles deveriam fazer
paz, e eles [os filhos de Jacó] fizeram paz com eles, e impuseram julgo de
servidão sobre eles, de modo que eles pagassem tributo a Jacó e aos seus
filhos sempre.

38.13 E eles continuaram a pagar tributo a Jacó até o dia em que ele desceu
para o Egito. 
38.14 E dos filhos de Edom não caiu o julgo de servidão que os doze filhos de
Jacó os impuseram até este [o presente] dia.


Lista dos reis de Edom.

38.15 E esses são os reis que reinaram em Edom antes de reinar qualquer rei
sobre os filhos de Israel [até este dia] na terra de Edom.

38.16 Balaq, filho de Beor, reinou em Edom, e o nome da cidade dele era
Danaba.

38.17 E Balaq morreu, e Joab, filho de Zara de Boser, reinou em seu lugar.

38.18 E Jobab morreu, e Asam, da terra de Teman, reinou em seu lugar.

38.19 E Asam morreu, e Adath, filho de Barad, que matou Midiam no campo
de Moab, reinou em seu lugar, e o nome da cidade dele era Avith.

38.20 E Adath morreu, e Saloman, de Amaseca, reinou em seu lugar.

38.21 E Salman morreu, e Saul de Raaboth (próximo ao) rio, reinou em seu
lugar.

38.22 E Saul morreu, e Baelunan, filho de Achbor, reinou em seu lugar.

38.23 E Baelunan, o filho de Achbor morreu, e Adath reinou em seu lugar, e o
nome de sua esposa era Maitabith, a filha de Matarat, filha de Metabedzab.

38.25 Esses são os reis que reinaram na terra de Edom.

O Livro dos Jubileus - português - Capítulo 37 - traduzido por L.Monk 2012

[Capítulo 37]  
Esaú e seus filhos vão à guerra contra Jacó.

 37.1 E no dia em que Isaque, pai de Jacó e Esaú morreu, [2162 A.M.] os filhos
de Esaú ouviram que Isaque havia dado a porção do primogênito para seu
filho mais novo Jacó e eles ficaram muito bravos.

37.2 E eles lutaram com seu pai dizendo: "Porque teu pai deu a Jacó a porção
do primogênito e a passou de ti, mesmo sendo tu o filho mais velho e Jacó o
mais novo?"

37.3 E ele disse a eles: "Porque eu vendi meu direito de primogenitura a Jacó
por um pequeno prato de lentilhas, e no dia em que meu pai me enviou para
caçar e capturar e trazê-lo algo para que ele pudesse comer e me abençoar,
ele [Jacó] veio com astúcia e trouxe a meu pai comida e bebida, e meu pai
abençoou ele e me pôs debaixo de sua mão.

37.4 E agora nosso pai nos fez jurar, eu e ele [Jacó], que nós não deveríamos
desejar o mal um ao outro, cada um contra seu irmão, e que nós deveríamos
continuar em amor e em paz cada um com seu irmão e não corromper nossos
caminhos."

37.5 E eles disseram a ele [Esaú], "Nós não vamos lhe dar ouvidos e fazer
paz com ele; porque nossa força é maior que a força dele, e nós somos mais
poderosos que ele; nós iremos contra ele e o mataremos, e destruiremos a ele
e aos seus filhos. E se tu não fores conosco nós feriremos também a ti. 

37.6 E agora ouça-nos: Deixe-nos enviar Arã, Philistia, Moab e Ammon, e
deixe que eles escolham para nós homens escolhidos que são ardentes por
batalha, e deixe-nos ir contra eles e fazer guerra  contra ele, e que nós o
exterminemos da terra antes que ele se fortaleça."

37.7 E o pai deles disse a eles, "Não vão nem façam guerra contra ele [Jacó]
para que não venham a cair diante dele."

37.8 E eles disseram para ele, "Também esse é exatamente teu jeito de agir
desde tua juventude até este dia, e tu tem colocado teu pescoço debaixo do
jugo dele [Jacó]. E nós não ouviremos essas palavras." 

37.9 E eles enviaram Arã para Aduram para o amigo de seu pai, e eles
contrataram com eles mil homens guerrilheiros, homens escolhidos de guerra.

37.10 E eles vieram para eles de Moab e dos filhos de Ammon, aqueles que foram contratados, mil homens escolhidos, e da Philistia, mil homens
escolhidos de guerra, e de Edom e dos Horitas mil homens escolhidos
guerrilheiros, e de Quitim poderosos homens de guerra.

37.11 E eles disseram para seu pai: "Vá adiante e lidere-os, caso contrário
nós te mataremos."

37.12 E ele estava cheio de ira e indignação por ver que seus filhos o estavam
forçando a ir adiante e liderá-los contra Jacó, seu irmão.

37.13 Mas depois ele lembrou-se de todo o mal que deitava escondido em
seu coração contra Jacó, seu irmão; e ele não se lembrou do juramento que
ele havia jurado a seu pai e a sua mãe de que ele não desejaria nenhum mal
contra Jacó, seu irmão, por todos os seus dias.

37.14 E não bastasse tudo isso, Jacó não sabia que  eles estavam vindo
contra ele para guerra, e ele estava de luto por Lia, sua esposa, até que eles
se aproximaram bem perto da torre com quatro mil [4000] guerreiros, homens
escolhidos de guerra.

37.15 E os homens de Hebrom enviaram a ele (mensagem) dizendo, "Eis que
teu irmão veio contra ti, para lutar contra ti, com quatro mil cingidos com
espada, e eles carregam escudos e armas!" porque eles amavam mais Jacó
que Esaú. Então eles lhe contaram; porque Jacó era  mais liberal e
misericordioso que Esaú.

37.16 Mas Jacó não acreditou até que eles chegaram bem perto da torre.

37.17 E ele fechou os portões da torre; e ele ficou sobre o pináculo e falou
com seu Irmão Esaú e disse: "Nobre é o conforto com o qual tu vens me
consolar pela minha esposa que morreu. É este o juramento que tu juraste a
teu pai e novamente a tua mãe antes deles morrerem? Tu quebraste o
juramento, e no momento que tu juraste a teu pai tu foste condenado." 

37.18 E então Esaú respondeu e disse a ele, "Nem os filhos dos homens nem
as bestas da terra cumprem qualquer juramento com justiça desde sempre;
mas em cada dia eles desejam o mal uns aos outros, e (pensam) como cada
um pode matar seu adversário e inimigo.

37.19 E tu odeias a mim e a meus filhos para sempre. E não ha observância de amor fraternal contigo.

37.20 Ouça essas palavras que eu te digo: Se o javali [porco] pode mudar sua
pele e fazer suas cerdas serem tão suaves como a lã, ou se ele pode fazer
com que brotem chifres de sua cabeça como os chifres de um veado ou de
uma ovelha, então eu observarei o amor fraternal contigo. E se os seios se
separassem da mãe, tu não serias [és] meu irmão.

37.21 E se os lobos fizerem paz com os cordeiros de modo a não devorá-los
nem praticarem violência contra eles, e se os corações estivessem voltados
para eles para o bem, então haveria paz em meu coração voltado para ti.

37.22 E se o leão se tornar amigo do novilho e fizer paz com ele, e se ele
fosse preso sobre o mesmo julgo dele e sobre o seu mesmo arado, então eu
faria paz contigo.

37.23 E quando o corvo se tornar branco como a rasa, então saiba que eu te
amei e fazer paz contigo. Tu serás exterminado e teus filhos serão
exterminados, e não haverá paz para ti."

37.24 E quando Jacó viu que ele estava maldosamente disposto contra ele
com todo o seu coração, e com toda a sua alma para matá-lo, e que ele veio
correndo como o javali selvagem que vem para a lança e é furado e morto, e
não recua;

37.25 então ele falou com os seus e com seus servos que eles deviam atacá-
lo e todos os seus companheiros.

O Livro dos Jubileus - português - Capítulo 36 - traduzido por L.Monk 2012

[Capítulo 36]  
Últimas palavras e morte de Isaque.

36.1 E no sexto ano dessa semana [2162 A.M.] Isaque chamou seus dois
filhos Esaú e Jacó, e eles vieram e ele, e ele disse a eles: "Meus filhos, Eu
estou indo a caminho de meus pais, para o lar eterno onde meus pais estão.

36.2 Portando enterrem-me próximo a Abraão, meu pai, na caverna dupla no
campo de Efrom o Hitita, onde Abraão comprou um sepulcro para enterrar; no
sepulcro que eu cavar para mim mesmo, lá me enterrem. (Gn 23.13; Gn
23.17; Gn 49.30) 
36.3 E isto eu os ordeno, meus filhos, que vós pratiqueis justiça e retidão
sobre a terra, de modo que o Senhor possa trazer sobre vós todas as coisas
que o Senhor disse que faria para Abraão e sua descendência.

36.4 E amem um ao outro, meus filhos, (amem a) seu  irmão como o homem
que ama sua própria vida, e cada um busque o que beneficie a seu irmão, e
ajam juntos sobre a terra; e que cada um ame ao outro como sua própria vida.

36.5 E a respeito dos ídolos, eu ordeno e os advirto que os rejeitem e os
odeiem, e não os amem, porque eles estão cheios de decepção para aqueles
que os adoram e para aqueles que se dobram a eles.

36.6 Lembrem-vos, meus filhos, do Senhor Deus de Abraão vosso pai, e
como eu também O adorei e O servi em justiça e com alegria, para que ele
venha a multiplicar-vos e crescer vossos descendentes como as estrelas do
céu em multidão, e estabeleça a vós sobre a terra como a planta da justiça a
qual não será exterminada por todas as gerações para sempre.

36.7 E agora eu farei vocês jurarem um grande juramento - porque não ha
juramento que seja maior que este, pelo nome glorioso e honrado e grandioso
e esplêndido e maravilhoso e poderoso, que criou o céu e a terra e todas as
coisas juntas - que vocês irão temê-Lo e adorá-Lo.

36.8 E que cada um amará a seu irmão com afeição e justiça, e que nenhum
desejará o mal contra seu irmão de agora e para sempre por todos os dias de
vossas vidas para que vocês possam prosperar em todas as vossas obras e
não sejam destruídos.

36.9 E se algum de vós desejar mal contra seu irmão, saiba que de agora em
diante qualquer que desejar o mal contra seu irmão cairá em sua mão e será
exterminado da terra dos viventes, e sua descendência será destruída de
debaixo do céu.

36.10 Mas no dia da tribulação, maldição, ira e raiva, com fogo de chama
flamejante do modo como Ele [Deus] queimou Sodoma do mesmo modo Ele
queimará sua terra e sua cidade e tudo o que é dele, e ele será apagado do
livro da disciplina dos filhos dos homens, e não será gravado no livro da vida,
mas naquele que é apontado para a destruição, e ele será expulso em uma
maldição eterna; de modo que sua condenação seja sempre renovada em ódio, maldição, ira, tormento, indignação, pragas e em doenças para sempre.

{Em Jub 36.8-10 fica revelada a Lei de amar a seu irmão. Jub 36.8 "E que
cada um amará a seu irmão com afeição e justiça, ... para que ... não sejam
destruídos." Cristo ensina, conforme o livro de Mateus algumas das Leis
antigas e traz lua a elas. Dentre essas leis está esta lei que a luz de cristo é
"Amarás a teu próximo como a ti mesmo." Ver Mateus a partir do Mt 5.21. No
Mt 5.44 diz: "Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu
inimigo." e a partir de Mt 19.18. em Mt 19.19 diz: "... e amarás o teu próximo
como a ti mesmo." Notemos que em Jub 36.9 "... saiba que de agora em
diante qualquer que desejar o mal contra seu irmão ..." Isaque deixa claro que
qualquer um que daqui pra frente desejar mal contra seu irmão, ou seja, este
amor ao irmão ou o amor ao próximo não se limita ao juramento que ele
obriga Esaú e Jacó a fazerem, mas trata-se de nova Lei.
Em Jub 36.4 "E amem um ao outro, meus filhos, (amem a) seu irmão como o
homem que ama sua própria vida, e cada um busque o que beneficie a seu
irmão, e ajam juntos sobre a terra; e que cada um ame ao outro como sua
própria vida." Fica claro que esta Lei é Lei de amor conforme Jesus explica.
Essa lei também aparece em Levítico 19.18 "Não te vingarás nem guardarás
ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Eu sou o SENHOR."}

36.11 Eu digo e testifico a vocês, meus filhos, de acordo com o julgamento
que sobrevirá sobre o homem que desejar ferir seu irmão.

36.12 E ele dividiu todas as suas posses entre os dois naquele dia e ele deu a
parte maior para aquele que era o primogênito, e a torre e tudo o que estava
sobre ela, e tudo o que Abraão possuía no Poço do Juramento.

36.13 E ele [Isaque] disse: "Esta porção maior eu darei ao primogênito."

36.14 E Esaú disse: "Eu vendi a Jacó e dei meu direito de primogenitura a
Jacó; que seja dada para ele, e eu não tenho nem uma única palavra a
respeito disso, porque é dele."

36.15 E Isaque disse: "Que uma benção descanse sobre vós, meus filhos, e
sobre vossa descendência neste dia, porque vós me deram descanso, e meu
coração não está dolorido no que diz respeito ao direito de primogenitura, que
vós fossem maquinar maldade por causa disso.
 36.16 Que o Senhor Deus Altíssimo abençoe o homem que trabalhou justiça,
ele e sua descendência para sempre."

36.17 E ele [Isaque] terminou de ordená-los e de abençoá-los, e eles
comeram e beberam juntos diante dele, e ele se alegrou porque havia uma
mente [concordância] entre eles, e eles partiram dele e descansaram daquele
dia e dormiram.

36.18 E Isaque dormiu em sua cama naquele dia alegre; e ele dormiu o sono
eterno, e morreu aos cento e oitenta [180] anos de idade. Ele completou vinte
e cinco semanas e cinco anos; e seus dois filhos, Esaú e Jacó o enterraram.

36.19 E Esaú foi para a terra de Edom, para os montes de Seir, e habitou lá.

36.20 E Jacó habitou nas montanhas de Hebron, na torre da terra da
peregrinação de seu pai Abraão, e ele adorou ao Senhor com todo o seu
coração e de acordo com as ordens visíveis do modo como Ele [Deus] havia
dividido os dias de suas gerações.

36.21 E Lia, sua esposa, morreu no quarto ano da segunda semana do
quadragésimo quinto jubileu, [2167 A.M.] e ele a enterrou na caverna dupla
próximo a Rebeca sua mãe à esquerda do túmulo de Sara, mãe de seu pai. 

36.22 E todos os filhos dela vieram ficar de luto por Lia, sua esposa, e para
confortá-lo a respeito dela, porque ele estava lamentando por ela. 

36.23 Porque ele a amava muitíssimo após a morte de Raquel, irmã dela;
porque ela era perfeita e reta em todos os seus caminhos e honrava Jacó, e
em todos os dias que ela viveu com ele, ele não ouviu de sua boca palavra
dura [áspera], porque ela era gentil e pacífica e reta e honrável.

36.24 E ele lembrou-se de todas as obras que ela havia feito durante sua vida
e a lamentou muitíssimo; porque ele a amava com todo o seu coração e com
toda sua alma.

O Livro dos Jubileus - português - Capítulo 35 - traduzido por L.Monk 2012

[Capítulo 35]  
Últimos discursos e a morte de Rebeca.

35.1 E no primeiro ano do quadragésimo quinto [45º] jubileu [2157 A.M.]
Rebeca chamou Jacó, seu filho, e o ordenou no que diz respeito a seu pai e
seu irmão, que ele deveria honrá-los todos os dias de sua vida.

35.2 E Jacó disse: "Eu farei tudo conforme tu tens me ordenado; porque isto
será uma honra e grandeza para mim, e justiça diante do Senhor, que eu os
honre.

35.3 E tu, mãe, sabes do dia em que nasci até este  dia, todas as minhas
obras e tudo o que está em meu coração, que eu sempre penso bem de
todos. [que eu sempre tenho bons pensamentos com relação a todos.]

35.4 E como eu não faria isto que tu me ordenas, que eu devo honrar meu pai
e meu irmão!

35.5 Diga-me, mãe, que perversidade vistes em mim para que eu me desvie
dela e a misericórdia seja sobre mim?"

35.6 E ela disse a ele: "Meu filho, eu não vi em ti por todos os meus dias nenhuma perversidade, mas (somente) ações de retidão. E ainda te direi a
verdade, meu filho; Eu morrerei este ano, e não sobreviverei este ano de
minha vida; porque eu vi em um sonho o dia de minha morte, que eu não
viveria além de cento e cinqüenta e cinco [155] anos, e eis que eu completei
todos os dias de minha vida que eu tenho pra viver."  

35.7 E Jacó riu das palavras de sua mãe porque ela  disse a ele que ela
morreria; e ela estava sentada em oposição a ele e de posse de suas forças,
e ela não estava enferma em sua força; porque ela entrava e saía e via, e os
dentes dela eram fortes, e nenhuma doença a tinha tocado todos os dias da
vida dela.

35.8 E Jacó disse a ela: "Bendito sou eu, minha mãe, se meus dias se
aproximarem dos dias de tua vida, e minha força continue comigo assim como
tua força, e tu não morrerás, porque tu estás brincando a toa comigo a
respeito de tua morte."

35.9 E ela foi a Isaque e disse a ele: "Um pedido eu te faço: faça com que
Esaú jure que ele não machucará Jacó, nem o perseguirá com inimizade;
porque tu sabes que os pensamentos de Esaú são perversos desde sua
juventude, e não ha bondade nele; porque ele deseja após sua morte matá-lo.
[matar Jacó]

35.10 E tu sabes tudo o que ele tem feito desde o dia que Jacó, irmão dele, foi
para Arã até este dia. Como ele nos abandonou com todo o coração dele, e
nos fez mal; teus rebanhos de ovelhas ele tomou para si, e levou todas as
suas posses de diante de tua face.

35.11 E quando nós imploramos e suplicamos pelo que era nosso, ele fez
como o homem que está tendo piedade de nós.

35.12 E ele é amargurado de tu porque tu abençoaste Jacó, teu filho perfeito e
reto; porque não ha maldade, mas somente bondade nele, e desde que ele
veio de Arã até este dia ele não nos roubou nada, porque ele nos traz de tudo
em sua estação sempre, e se alegra de todo seu coração quando nós
tomamos das mãos dele e ele nos abençoa, e não nos deixou desde quando
voltou de Arã até este dia, e ele permanece conosco continuamente em casa
nos honrando."

35.13 E Isaque disse a ela: "Eu também sei e vejo as obras de Jacó que está conosco, como com todo o coração ele nos honra; mas eu anteriormente
amava mais Esaú que Jacó, porque ele era o primogênito; mas agora eu amo
Jacó mais que Esaú, porque ele fez multiformes obras de maldade, e não ha
justiça nele, porque todos os caminhos dele são injustiça e violência, [e não
ha justiça em torno dele.] 

35.14 E agora meu coração está aflito por causa de  todas as obras dele, e
nem ele nem a descendência dele será salva, porque eles são daqueles que
serão destruídos da terra e daqueles que serão exterminados de debaixo do
céu, porque ele abandonou o Deus de Abraão e seguiu após suas esposas e
após suas imundícies e após o erro delas, ele e seus filhos.

35.15 E tu me pedes para fazê-lo jurar que ele não matará Jacó seu irmão;
ainda que ele jure ele não cumprirá seu juramento, e ele não fará o bem, mas
somente o mal.

35.16 Mas se ele desejar matar seu irmão Jacó, nas mãos de Jacó ele será
entregue, e ele não escapará de suas mãos, [porque ele cairá em suas mãos.]

35.17 E não temas tu por causa de Jacó; porque o guardião de Jacó é grande,
poderoso e honrado [honroso], e mais bem dito [elogiado] que o guardião de
Esaú!"

35.18 E Rebeca enviou (uma mensagem) e chamou Esaú e ele veio a ela, e
ela disse a ele: "Eu tenho um pedido, meu filho, para te fazer, e tu me
prometas que o fará, meu filho."

35.19 E ele disse: "Eu farei tudo o que me disser, e não recusarei teu pedido."

35.20 E ela disse a ele: "Eu te peço que no dia em que eu morrer tu me leves
e me enterres próximo a Sara, mulher de teu Pai, e que tu e Jacó amem um
ao outro e nenhum de vós deseje mal um ao outro, mas somente amor mútuo,
e (assim) vocês prosperarão, meus filhos, e serão honrados no meio da terra,
e nenhum inimigo se alegrará sobre vocês, e vocês serão uma benção e
misericórdia aos olhos dos que te amam." 

35.21 E ele disse: "Eu farei como tu me pediste, e te enterrarei no dia em que
morreres próximo a Sara, mãe de meu pai, como tu desejas de modo que os
ossos dela fiquem próximos aos seus ossos.
 35.22 E Jacó, meu irmão, também eu o amarei sobre toda a carne; porque eu
não tenho irmão em toda a terra, mas somente ele. E isso não me é grande
mérito se eu o amo; porque ele é meu irmão, e nós fomos semeados juntos
em teu corpo, e juntos saímos de teu ventre, e se eu não amar meu irmão a
quem eu amarei?

35.23 E eu mesmo te peço que exorte Jacó sobre mim e sobre meus filhos,
porque eu sei que ele será seguramente rei sobre mim e meus filhos, porque
no dia em que meu pai o abençoou ele o fez o maior e eu o menor.

35.24 E eu juro a ti que eu o amarei, e não desejarei mal contra ele por todos
os dias de minha vida, mas somente o bem." E ele [Esaú] jurou a ela [Rebeca]
dessa maneira. 

35.25 E ela chamou Jacó diante dos olhos de Esaú, e o ordenou de acordo
com as palavras que ela havia dito a Esaú.

35.26 E ele [Jacó] disse: "Eu cumprirei conforme teu agrado; acredite em mim,
nenhum mal virá de mim ou de meus filhos contra Esaú, e que eu não
precederei com nada, mas somente em amor. [e que eu não serei o primeiro a
começar nada contra ele a não ser em amor.]

35.27 E eles comeram e beberam, ela e seus filhos naquela noite, e ela
morreu. Três jubileus e uma semana e um ano de vida, [155] naquela noite, e
seus dois filhos, Esaú e Jacó, a enterraram na caverna dupla próximo a Sara,
mãe de seu pai.

O Livro dos Jubileus - português - Capítulo 34 - traduzido por L.Monk 2012

[Capítulo 34]  
Luta dos Amorreus contra Jacó e seus filhos. Viajem de José ao Egito. Morte
de Bila e Diná.

34.1 E no sexto ano desta semana do quadragésimo quarto jubileu [2148
A.M.] Jacó enviou seus filhos para pastorais suas ovelhas e seus servos com
eles para os pastos de Siquém.

34.2 E os sete reis dos Amoreus uniram-se contra eles para matá-los,
escondendo-se por sob as árvores, e para pegar seu gado como presa.

34.3 E Jacó, Levi, Judá e José estavam na casa com Isaque seu pai; porque
seus espíritos estavam em lamento e eles não puderam deixá-lo. E Benjamim
era o mais novo, e por esta razão permanecia com seu pai.

34.4 E vieram o reis de Taphu, o rei de Aresa, o rei de Seragan, o rei de Selo,
o rei de Gaas, o rei de Bethoron, e o rei de Maasinakir, e todos aqueles que
habitavam nestas montanhas e aqueles que habitavam nas florestas na terra
de Canaã.

34.5 E eles anunciaram isto a Jacó dizendo: "Eis que os reis dos Amoreus
cercaram seus filhos e pilharam seus rebanhos."

34.6 E ele levantou-se de sua casa, ele e seus três filhos e todos os servos de
seus pais, e seus próprios servos, e eles foram contra eles com seis mil [6000]
homens que carregavam espada.

34.7 E ele os matou nos pastos de Siquém, e perseguiu aqueles que fugiam,
e ele os matou com o fio da espada, e ele matou Aresa, Taphu, Saregan,
Selo, Amanisakir e Ga[ga]as, e ele recuperou seus rebanhos.

34.8 E ele [Jacó] prevaleceu contra eles e os impôs tributo, que eles deviam
paga-lo tributo, cinco produtos de frutas da terra deles, e ele construiu Robel e
Tamnatares.

34.9 E ele [Jacó] retornou em paz, e fez paz com eles, e eles se tornaram
seus servos até o dia em que ele e seus filhos desceram para o Egito.

34.10 E no sétimo ano dessa semana [2149 A.M.] ele [Jacó] enviou José para saber sobre o bem estar de seus irmãos na terra de  Siquém, e ele os
encontrou na terra de Dotan.

34.11 E eles agiram traiçoeiramente com ele [José]  e formaram um complô
contra ele para matá-lo, mas mudando de idéia eles  o venderam a
mercadores Ismaelitas, e estes o levaram [desceram] para o Egito, e eles o
venderam a Potifar, o eunuco do Faraó, e chefe da comida [cozinha],
sacerdote da cidade de Elew.

34.12 E os filhos de Jacó mataram um cabrito, e tingiram a túnica de José no
sangue, e enviaram a Jacó, pai deles, no décimo [dia] do sétimo mês.

34.13 E ele lamentou toda aquela noite, porque isto lhe foi trazido no final da
tarde, e ele ficou febril com o luto de sua morte, e ele disse: "Uma besta má
devorou José!" E todos os membros de sua casa [ficaram de luto com ele
naquele dia, e eles] estavam de luto e lamentavam com ele aquele dia todo.

34.14 E seus filhos e sua filha levantaram-se para consolá-lo, mas ele recusou
ser confortado por seu filho.

34.15 E naquele dia Bila ouviu que José havia perecido, e ela morreu
lamentando por ele, e ela estava vivendo em Quafratef, e também Diná, sua
filha morreu após José ter perecido. E sobreveio a  Israel esses três lutos em
um mês. 

34.16 E eles enterraram Bila sobre a tumba de Raquel, e também Diná, sua
filha, foi enterrada lá.

34.17 E ele [Jacó] ficou de luto por José por um ano, e não cessou, porque ele
disse: "Que eu desça a tumba de luto por meu filho."

34.18 Por essa razão é ordenado aos filhos de Israel que eles devem se afligir
no décimo [dia] do sétimo mês - no dia em que a notícia que o fez chorar por
José chegou a Jacó seu pai - que eles devem fazer expiação por si mesmos
com um jovem cabra no décimo [dia] do sétimo mês, uma vez ao ano, pelos
seus pecados; porque eles afligiram o afeto de seu pai com José, seu filho.

34.19 E este dia foi ordenado que eles devem se afligir pelos pecados deles, e
por todas as transgressões e erros deles, de modo que eles possam se limpar
naquele dia uma vez ao ano.  
As esposas dos filhos de Jacó.

34.20 E depois que José pereceu os filhos de Jacó tomaram para si esposas.
O nome da esposa de Rubem é Ada; e o nome da esposa de Simeão é Adlba,
uma Cananita; e o nome da esposa de Levi é Melca, das filhas de Arã da
linhagem dos filhos de Terá; e o nome da esposa de  Judá é Betasuel, a
Cananita; e o nome da esposa de Issacar é Hezaca; e o nome da esposa de
Zebulom é Niiman; e o nome da esposa de Dan é Egla; e o nome da esposa
de Naftali é Rasuu, da Mesopotâmia; e o nome da esposa de Gade é Maka; e
o nome da esposa de Aser é Ijona; e o nome da esposa de José é Asenate, a
Egípcia; e o nome da esposa de Benjamin é Ijasaca.

34.21 E Simeão se arrependeu e tomou uma segunda esposa da
Mesopotâmia como seus irmãos.

O Livro dos Jubileus - português - Capítulo 33 - traduzido por L.Monk 2012

[Capítulo 33]  
Rubem peca com Bila.  Disposições legais.  Os filhos de Jacó.

33.1 E Jacó desceu e habitou ao sul de Magadaladraef. E ele foi a seu pai
Isaque, ele e Lia, sua esposa, na lua nova do décimo mês.

33.2 E Rubem viu Bila, empregada de Raquel, a concubina de seu pai,
tomando banho nas águas num lugar secreto, e ele a amou.

33.3 E ele se escondeu a noite e entrou na casa de  Bila [a noite], e a
encontrou dormindo sozinha numa cama na casa.

33.4 E ele se deitou com ela, e ela acordou e viu,  e eis que Ruben estava
deitado com ela na cama, e ela revelou sua extremidade [descobriu a borda
de sua cobertura] e o segurou [agarrou] e gritou e descobriu que era Rubem.

33.5 E ela estava envergonhada por causa dele, e soltou sua mão dele, e ele
fugiu.

33.6 E ela lamentou por causa deste incidente muitíssimo, e não contou a
ninguém.
 33.7 E quando Jacó retornou e a procurou ela disse  a ele: "Eu não estou
limpa para ti, porque eu fui violada no que diz respeito a ti; porque Rubem me
violou, e se deitou comigo a noite. Eu estava dormindo e não descobri até que
ele descobriu minha saia e dormiu comigo."

33.8 E Jacó ficou muito irado com Rubem porque ele havia se deitado com
Bila, porque ele havia descoberto [exposto] a saia de seu pai.

33.9 E Jacó não se achegou mais a ela porque Rubem  a havia violado.
Porque para qualquer homem que descobre a saia de seu pai sua ação é
muitíssimo maligna, porque ele é abominável diante do Senhor.

33.10 Por esta razão está escrito e ordenado nas tábuas celestes que um
homem não deve se deitar com a esposa de seu pai, e não deve descobrir a
saia de seu pai, porque isto é imundo. Eles devem morrer juntos: O homem
que se deitou com a esposa de seu pai e a mulher também, porque eles
praticaram imundície sobre a terra.

33.11 E não deve haver nada imundo diante de nosso Deus na nação que Ele
escolheu para Si mesmo como possessão.

33.12 E novamente, está escrito uma segunda vez: "Maldito seja aquele que
se deita com a esposa de seu pai, porque ele descobriu a vergonha de seu
pai." E todos os santos do Senhor disseram: "Que assim seja, que assim
seja."

33.13 E tu Moisés, ordene aos filhos de Israel para que eles observem essa
palavra, porque ela (determina) uma pena de morte, e isto é imundo, e não ha
expiação [perdão] para sempre para expiar o homem que comete isto, mas
ele é para a morte e (para ser trazido e) morto, apedrejado com pedras e
exterminado do meio das pessoas do nosso Deus.

33.14 Porque nenhum homem que assim faz em Israel é permitido que
permaneça vivo um dia sequer sobre a terra, porque  ele é abominável e
imundo.

33.15 E que não venham dizer que para Rubem foi permitido viver e (que
Rubem foi) perdoado por ter se deitado com a concubina de seu pai, e para
ela também apesar dela ter um marido, e seu marido  Jacó, pai dele, ainda
viver. 
33.16 Porque até aquele tempo não havia sido revelada a ordenança e juízo e
lei na sua íntegra para todos, mas em teu dias (Moisés) (foi revelado) como lei
de estações e de dias, e uma lei eterna para as gerações da eternidade.

33.17 E para esta lei não há consumação dos dias, e nenhuma expiação, mas
ambos devem ser exterminados do meio da nação. No dia em que eles
cometeram isto eles devem matá-los.

33.18 E tu Moisés, escreva isto para Israel que eles observem isto, e façam
de acordo com essas palavras, e não cometam um pecado para a [de] morte;
Porque o Senhor nosso Deus é juiz que não respeita  pessoas nem aceita
presentes.

33.19 E diga a eles essas palavras da aliança, que eles ouçam e observem, e
se guardem no que diz respeito a eles, e não sejam  destruídos e
exterminados da terra, porque uma imundície, uma abominação, uma
contaminação e uma poluição são todos os que cometerem isso sobre a terra
diante de Deus.

33.20 E não há pecado maior que o da fornicação cometida sobre a terra;
porque Israel é uma nação santa para o Senhor seu Deus, e uma nação de
herança, e uma sacerdotal e real nação para (Sua) possessão. E tamanha
imundície não deverá aparecer no meio da nação santa.

33.21 E no terceiro ano desta sexta semana [2145 A.M.] Jacó e todos os seus
filhos foram e habitaram na casa de Abraão, perto de Isaque, seu pai, e
Rebeca sua mãe.

33.22 E esses eram os nomes dos filhos de Jacó: O primogênito Rubem,
Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom, os filhos de Lia. E os filhos de Raquel,
José e Benjamin. E os filhos de Bila, Dan e Naftali. E os filhos de Zilpa, Gade
e Aser. E Diná, a filha de Lia, a única filha de Jacó.

33.23 E eles vieram e se curvaram para Isaque e Rebeca, e quando eles os
viram abençoaram Jacó e todos os filhos dele, e Isaque se alegrou
muitíssimo, porque ele viu os filhos de Jacó, seu filho mais novo e os
abençoou.

O Livro dos Jubileus - português - Capítulo 32 - traduzido por L.Monk 2012

[Capítulo 32]  
Jacó em Betel, Levi sonha, Jacó oferta, Levi é destinado para o sacerdócio e
o dízimo.

32.1 E ele ficou aquela noite em Betel, e Levi sonhou que eles o tinham
ordenado e os feito sacerdote do Deus Altíssimo, ele e seus filhos para
sempre. E ele acordou de seu sono e bem disse ao Senhor.

32.2 E Jacó chegou cedo pela manhã, no décimo quarto desse mês, e deu o
dízimo de tudo que veio com ele, tanto de homens como do gado, de ouro e
de cada navio e vestimentas, sim, ele deu o dízimo de tudo.

32.3 E naqueles dias Raquel engravidou de seu filho Benjamin. E Jacó contou
seu filhos do mais novo ao mais velho [em ordem crescente] e Levi caiu para
a porção do Senhor, e seu pai o costurou vestes de sacerdócio e encheu suas
mãos.

{Em Jub 32.3 
Os filhos de Jacó em ordem de nascença eram: Rubem, Simeão, Levi, Judá,
Dan, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José, Benjamin
E se forem colocados em ordem crescente de idade, do mais novo para o
mais velho temos: Benjamin(1), José(2), Zebulom(3), Issacar(4), Aser(5),
Gade(6), Naftali(7), Dan(8), Judá(9), Levi(10), Rubem(11), Simeão(12). Como
não se pode dividir um filho em partes o dízimo de 12 filhos é arredondado
para menos e é o mesmo do dízimo de 10 que é 1. E justamente o décimo
filho da contagem foi Levi, por isso Jacó escolheu Levi para ser do Senhor.
Embora Benjamin estivesse ainda na barriga de sua mãe Raquel ele foi
contado. É claro que essa escolha já estava nos planos de Deus desde antes
de Levi nascer. Com essa separação do dízimo também aprendemos que o
dízimo é arredondado para menos e que isso é aceitável ao Senhor, porque
ao contar tudo o décimo era separado ao Senhor. Se  a contagem não
alcançasse 10 não teria mais 1 separado para o dízimo.}

32.4 E no décimo quinto [dia] desse mês ele trouxe para o altar quatorze [14] novilhos do meio do gado, e vinte e oito [28] carneiros, e quarenta e nove [49]
ovelhas, e sete [7] cordeiros, e vinte e um [21] cabritos para o holocausto
[oferta queimada] no altar do sacrifício, bastante agradável para doce aroma
diante de Deus.

32.5 Esta foi sua oferta, em conseqüência do voto que ele havia feito de que
ele daria o dízimo, com suas ofertas de frutas e suas ofertas de bebidas.

32.6 E quando o fogo havia consumido isso, ele queimou incenso no fogo
sobre o fogo, e por oferta de agradecimento dois novilhos e quatro ovelhas e
quatro carneiros, quatro bodes e dois cordeiros de um ano de idade, e dois
cabritos, e assim ele fez diariamente por sete dias.

32.7 E ele [Jacó] e todos os seus filhos e seus homens estavam comendo
com alegria lá durante sete dias, e bem dizendo e agradecendo aos Senhor
que os livrou da tribulação e o deu seu voto.

32.8 E ele dizimou todos os animais limpos, (não considerados imundos) e fez
um holocausto [oferta queimada], mas os animais imundos ele não deu a Levi,
seu filho, e ele lhes deu todas as almas [vidas] dos homens.

32.9 E Levi iniciou o ofício sacerdotal em Betel antes de seu pai Jacó em
detrimento aos seus dez irmãos, e ele era sacerdote lá, e Jacó pagou seu
voto. Então ele [Levi] dizimou novamente do dizimado para Senhor e o
santificou, e se tornou santo para ele. 

{Jub 32.9 "...em detrimento aos seus dez irmãos" Porque Benjamin estava
ainda na barriga de sua mãe Raquel. Ele tinha sido  contado para o dízimo,
mas ainda estava pra nascer.}

32.10 E por esta razão está ordenado nas tábuas celestes como uma Lei para
se dizimar novamente o dizimado para comer diante do Senhor de ano em
ano, no lugar escolhido para o Seu nome habitar. E para esta lei não ha limite
de dias para sempre. 

32.11 Essa ordenança está escrita para que seja cumprida de ano em ano em
se comer o segundo dízimo diante do Senhor no lugar escolhido, e nada deve
restar deste ano para o ano seguinte. 

32.12 Porque neste ano deve a semente ser comida até os dias da colheita das sementes do ano, e o vinho até os dias do vinho, e o azeite até os dias de
sua estação.

32.13 E tudo o que sobrar e se tornar velho que seja considerado poluído e
que seja queimado no fogo porque é imundo.

32.14 E então deixem-nos comer juntos no santuário, e que não se deixe ficar
velho.

32.15 E todos os dízimos dos novilhos e das ovelhas serão santos para o
Senhor, e devem pertencer a Seus sacerdotes, que eles comam diante Dele
de ano em ano; porque assim foi ordenado e gravado no que diz respeito ao
dízimo nas tábuas celestes.


Visões de Jacó. O Nascimento de Benjamim e a Morte de Raquel.

32.16 E na noite seguinte, no vigésimo segundo dia deste mês Jacó decide
construir aquele lugar, e cercar a quadra com um muro, e a santificá-lo e fazê-
lo santo para sempre, para ele e para seus filhos após ele.

32.17 E O Senhor apareceu durante a noite e o abençoou e o disse: "Teu
nome não será mais chamado Jacó, mas de Israel eles chamarão teu nome."

32.18 E Ele [Deus] disse a ele novamente: "Eu sou o Deus que criou o céu e a
terra. Eu te crescerei e te multiplicarei muitíssimo, e reis virão de ti, e eles
julgarão todo lugar por onde os pés de teus filhos trilharem.

32.19 E Eu darei a teus descendentes toda a terra que está debaixo do céu, e
eles devem julgar as nações de acordo com o desejo deles, e depois disso
eles tomarão posse de toda a terra e a herdarão para sempre."

{Jub 32.19 Deus promete a Jacó não somente uma parte da terra, mas toda a
terra que está debaixo do céu, ou o mundo todo. Essa promessa creio que se
cumprirá com o reinado messiânico de Jesus Cristo após seu retorno. }

32.20 E Ele [Deus] terminou de falar com ele [Jacó], e Ele [Deus] subiu dele. E
Jacó olhou até que Ele tivesse subido ao céu.

32.21 E ele viu numa visão da noite, e eis um anjo descendo do céu com sete tábuas em suas mãos, e ele as deu a Jacó, e ele as  leu e conheceu tudo o
que estava escrito nelas que aconteceria com ele e seus filhos por todas as
gerações.

32.22 E ele mostrou-o tudo o que estava escrito nas tábuas, e disse a ele:
"Não construa esse lugar, e não faça dele um santuário eterno, e não habite
aqui, porque este não é o lugar. Vá a casa de Abraão, teu pai, e habite com
Isaque, teu pai, até o dia da morte de teu pai.

32.23 Porque no Egito tu morrerás em paz, e nesta terra (aqui) tu será
enterrado com honra no sepulcro de teus pais, com Abraão e Isaque.

32.24 Não temas porque tu vistes e lestes isso, assim tudo isso será; e tu
escreva tudo conforme tu viste e leste."

32.25 E Jacó disse: "Senhor, como poderei eu lembrar-me de tudo o que eu li
e vi?" E ele disse a ele: "Eu trarei todas as coisas a tua lembrança."

32.26 E ele subiu dele, e ele acordou de seu sono, e ele lembrou-se de tudo o
que ele tinha lido e visto, e ele escreveu todas as palavras que ele tinha lido e
visto.

{Um Livro escrito por Jacó com as palavras de Deus.}

32.27 E ele celebrou lá ainda um outro dia, e ele sacrificou novamente de
acordo com tudo o que ele sacrificou nos dias anteriores, e chamou deste
nome: "Adição." Porque este dia foi adicionado, e aos dias anteriores ele
chamou "O Festival".

32.28 E assim é manifesto que deve ser, e está escrito nas tábuas celestes:
Pelo que lhe foi revelado que ele deve celebrar, e adicionar aos sete dias do
festival.

32.29 E o nome (deste dia) foi chamado "Adição", porque isto foi gravado
entre os dias festivos, de acordo com o numero dos dias do ano.

32.30 E durante a noite, no vigésimo terceiro deste mês, Debora, a enfermeira
de Rebeca morreu, e eles a enterraram debaixo da cidade debaixo do
carvalho do rio, e ele chamou esse lugar de "O Rio de Debora" e o carvalho
de "O Carvalho do luto por Debora". 
32.31 E Rebeca foi e retornou para a casa de seu pai Isaque, e Jacó enviou
por ela carneiros e ovelhas e bodes para que ela preparasse uma refeição
para seu pai do modo que ele desejasse.

32.32 E ele foi após sua mãe até chegar a terra de Kabratan, e habitou lá.

32.33 E Raquel deu a luz a um filho durante a noite, e o chamou pelo nome de
"Filho de meu lamento"; porque ela sofreu em dar a  luz, mas seu pai o
chamou pelo nome de Benjamin, no décimo primeiro [dia] do oitavo mês, no
primeiro [dia] da sexta semana deste jubileu. [2143 A.M.]

32.34 E Raquel morreu lá e foi enterrada na terra de Efarate, que é Belém, e
Jacó ergueu um pilar no túmulo de Raquel, no caminho sobre [até] seu
túmulo.