[Capítulo 36]
Últimas palavras e morte de Isaque.
36.1 E no sexto ano dessa semana [2162 A.M.] Isaque chamou seus dois
filhos Esaú e Jacó, e eles vieram e ele, e ele disse a eles: "Meus filhos, Eu
estou indo a caminho de meus pais, para o lar eterno onde meus pais estão.
36.2 Portando enterrem-me próximo a Abraão, meu pai, na caverna dupla no
campo de Efrom o Hitita, onde Abraão comprou um sepulcro para enterrar; no
sepulcro que eu cavar para mim mesmo, lá me enterrem. (Gn 23.13; Gn
23.17; Gn 49.30)
36.3 E isto eu os ordeno, meus filhos, que vós pratiqueis justiça e retidão
sobre a terra, de modo que o Senhor possa trazer sobre vós todas as coisas
que o Senhor disse que faria para Abraão e sua descendência.
36.4 E amem um ao outro, meus filhos, (amem a) seu irmão como o homem
que ama sua própria vida, e cada um busque o que beneficie a seu irmão, e
ajam juntos sobre a terra; e que cada um ame ao outro como sua própria vida.
36.5 E a respeito dos ídolos, eu ordeno e os advirto que os rejeitem e os
odeiem, e não os amem, porque eles estão cheios de decepção para aqueles
que os adoram e para aqueles que se dobram a eles.
36.6 Lembrem-vos, meus filhos, do Senhor Deus de Abraão vosso pai, e
como eu também O adorei e O servi em justiça e com alegria, para que ele
venha a multiplicar-vos e crescer vossos descendentes como as estrelas do
céu em multidão, e estabeleça a vós sobre a terra como a planta da justiça a
qual não será exterminada por todas as gerações para sempre.
36.7 E agora eu farei vocês jurarem um grande juramento - porque não ha
juramento que seja maior que este, pelo nome glorioso e honrado e grandioso
e esplêndido e maravilhoso e poderoso, que criou o céu e a terra e todas as
coisas juntas - que vocês irão temê-Lo e adorá-Lo.
36.8 E que cada um amará a seu irmão com afeição e justiça, e que nenhum
desejará o mal contra seu irmão de agora e para sempre por todos os dias de
vossas vidas para que vocês possam prosperar em todas as vossas obras e
não sejam destruídos.
36.9 E se algum de vós desejar mal contra seu irmão, saiba que de agora em
diante qualquer que desejar o mal contra seu irmão cairá em sua mão e será
exterminado da terra dos viventes, e sua descendência será destruída de
debaixo do céu.
36.10 Mas no dia da tribulação, maldição, ira e raiva, com fogo de chama
flamejante do modo como Ele [Deus] queimou Sodoma do mesmo modo Ele
queimará sua terra e sua cidade e tudo o que é dele, e ele será apagado do
livro da disciplina dos filhos dos homens, e não será gravado no livro da vida,
mas naquele que é apontado para a destruição, e ele será expulso em uma
maldição eterna; de modo que sua condenação seja sempre renovada em ódio, maldição, ira, tormento, indignação, pragas e em doenças para sempre.
{Em Jub 36.8-10 fica revelada a Lei de amar a seu irmão. Jub 36.8 "E que
cada um amará a seu irmão com afeição e justiça, ... para que ... não sejam
destruídos." Cristo ensina, conforme o livro de Mateus algumas das Leis
antigas e traz lua a elas. Dentre essas leis está esta lei que a luz de cristo é
"Amarás a teu próximo como a ti mesmo." Ver Mateus a partir do Mt 5.21. No
Mt 5.44 diz: "Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu
inimigo." e a partir de Mt 19.18. em Mt 19.19 diz: "... e amarás o teu próximo
como a ti mesmo." Notemos que em Jub 36.9 "... saiba que de agora em
diante qualquer que desejar o mal contra seu irmão ..." Isaque deixa claro que
qualquer um que daqui pra frente desejar mal contra seu irmão, ou seja, este
amor ao irmão ou o amor ao próximo não se limita ao juramento que ele
obriga Esaú e Jacó a fazerem, mas trata-se de nova Lei.
Em Jub 36.4 "E amem um ao outro, meus filhos, (amem a) seu irmão como o
homem que ama sua própria vida, e cada um busque o que beneficie a seu
irmão, e ajam juntos sobre a terra; e que cada um ame ao outro como sua
própria vida." Fica claro que esta Lei é Lei de amor conforme Jesus explica.
Essa lei também aparece em Levítico 19.18 "Não te vingarás nem guardarás
ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Eu sou o SENHOR."}
36.11 Eu digo e testifico a vocês, meus filhos, de acordo com o julgamento
que sobrevirá sobre o homem que desejar ferir seu irmão.
36.12 E ele dividiu todas as suas posses entre os dois naquele dia e ele deu a
parte maior para aquele que era o primogênito, e a torre e tudo o que estava
sobre ela, e tudo o que Abraão possuía no Poço do Juramento.
36.13 E ele [Isaque] disse: "Esta porção maior eu darei ao primogênito."
36.14 E Esaú disse: "Eu vendi a Jacó e dei meu direito de primogenitura a
Jacó; que seja dada para ele, e eu não tenho nem uma única palavra a
respeito disso, porque é dele."
36.15 E Isaque disse: "Que uma benção descanse sobre vós, meus filhos, e
sobre vossa descendência neste dia, porque vós me deram descanso, e meu
coração não está dolorido no que diz respeito ao direito de primogenitura, que
vós fossem maquinar maldade por causa disso.
36.16 Que o Senhor Deus Altíssimo abençoe o homem que trabalhou justiça,
ele e sua descendência para sempre."
36.17 E ele [Isaque] terminou de ordená-los e de abençoá-los, e eles
comeram e beberam juntos diante dele, e ele se alegrou porque havia uma
mente [concordância] entre eles, e eles partiram dele e descansaram daquele
dia e dormiram.
36.18 E Isaque dormiu em sua cama naquele dia alegre; e ele dormiu o sono
eterno, e morreu aos cento e oitenta [180] anos de idade. Ele completou vinte
e cinco semanas e cinco anos; e seus dois filhos, Esaú e Jacó o enterraram.
36.19 E Esaú foi para a terra de Edom, para os montes de Seir, e habitou lá.
36.20 E Jacó habitou nas montanhas de Hebron, na torre da terra da
peregrinação de seu pai Abraão, e ele adorou ao Senhor com todo o seu
coração e de acordo com as ordens visíveis do modo como Ele [Deus] havia
dividido os dias de suas gerações.
36.21 E Lia, sua esposa, morreu no quarto ano da segunda semana do
quadragésimo quinto jubileu, [2167 A.M.] e ele a enterrou na caverna dupla
próximo a Rebeca sua mãe à esquerda do túmulo de Sara, mãe de seu pai.
36.22 E todos os filhos dela vieram ficar de luto por Lia, sua esposa, e para
confortá-lo a respeito dela, porque ele estava lamentando por ela.
36.23 Porque ele a amava muitíssimo após a morte de Raquel, irmã dela;
porque ela era perfeita e reta em todos os seus caminhos e honrava Jacó, e
em todos os dias que ela viveu com ele, ele não ouviu de sua boca palavra
dura [áspera], porque ela era gentil e pacífica e reta e honrável.
36.24 E ele lembrou-se de todas as obras que ela havia feito durante sua vida
e a lamentou muitíssimo; porque ele a amava com todo o seu coração e com
toda sua alma.
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